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, 27 maio 2024
 
 

IFMT poderá cortar cursos e diminuir turmas

Em Mato Grosso, o Ministério da Educação e Cultura anunciou um bloqueio de R$ 31,8 milhões dos recursos destinados aos institutos federais

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Campus de Rondonópolis tem cerca de 700 alunos em cursos presenciais, mais 300 a 400 alunos nos cursos a distância – Fotos: Denilson Paredes

 

“O nosso orçamento é realmente para pagarmos as nossas despesas cotidianas e, se confirmado esse bloqueio, nós vamos replanejar nossas atividades”, afirmou Laura Caroline Ayoama Barbosa, diretora do IFMT em Rondonópolis

O bloqueio de R$ 5,7 bilhões nas verbas destinadas para a Educação promovido pelo Governo Federal irá impactar negativamente no funcionamento das instituições de ensino em todos os níveis, com a possível diminuição de cursos e na oferta de vagas nas mesmas, como forma destas se adequarem ao corte de recursos, que foram na ordem de 30% nos valores previstos para este ano. Com a diminuição dos recursos financeiros, várias instituições de ensino já anunciaram que não terão como manter as portas abertas durante todo o ano e já se fala em corte de cursos e diminuição de vagas ofertadas, caso os recursos continuem reduzidos nos próximos anos.

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Em Mato Grosso, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) anunciou um bloqueio de R$ 31,8 milhões dos recursos destinados aos institutos federais, o que praticamente inviabiliza que estes mantenham as portas abertas até o final do ano. “Se esse contingenciamento realmente for mantido, nós vamos ter que rever nosso planejamento anual. O nosso orçamento é previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) e já no meio do ano anterior já temos uma prévia de quanto será o nosso orçamento para ao ano seguinte e nós fazemos nosso calendário de atividades e ações todo baseado nesse valor que o Tesouro nos passa. Isso sem nenhuma sobra, sem nenhum dinheiro sobrando. E o contingenciamento já vem acontecendo há alguns anos na educação federal, mas eles impactavam mais nas verbas de investimentos, para construção, reformas, compras de equipamentos. Mas agora estão cortando nas verbas de custeio, que são recursos que usamos para pagar nossas contas mensais”, informou Laura Caroline Ayoama Barbosa, diretora do campus da Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) em Rondonópolis.

Nesse contexto, a diretora do IFMT analisa que a situação pode se complicar a partir do segundo semestre. “Como a maioria dos brasileiros, nós temos vivido no limite do nosso financeiro há tempos. O nosso orçamento é realmente para pagarmos as nossas despesas cotidianas e, se confirmado esse bloqueio, nós vamos replanejar nossas atividades, diminuir nossas ações e começar a fazer cortes naquilo que nos for menos essencial. E temos que chamar a comunidade escolar para nos ajudar na economia, com a luz, com a água. Inicialmente, não pensamos em diminuir a oferta de vagas que já temos hoje, porque trabalhamos com a perspectiva de que esses bloqueios não ocorram no ano que vem, mas se houver uma sequência de cortes, vai chegar o momento em que vamos ter que diminuir o número de vagas que a gente oferta. Mas não é esse o nosso objetivo. Queremos é abrir novas vagas”, continuou.

Ela também explicou que os diretores dos 19 campus do IFMT ainda se reunirão na semana que vem com o Reitor da instituição, quando discutirão detalhes dos impactos que o bloqueio do recurso terá sobre cada campus. Mas a diretora já adianta que, sem dinheiro para pagar despesas como a conta de água, energia, os funcionários terceirizados da limpeza, portaria e seguranças, cuidadores para alunos portadores de necessidades especiais, material de expediente, entre outros, a instituição não tem condições de manter as portas abertas até o final do ano.

 

 

Preocupados com a situação, os estudantes do campus do IFMT de Rondonópolis, todos vestidos de preto, em sinal de luto pelo corte nas verbas para a instituição, realizaram uma assembleia geral em que decidiram participar dos protestos nacionais em defesa da Educação do próximo dia 15, na Praça Brasil, com o objetivo de sensibilizar a população para a necessidade de se defender a permanência dos institutos federais abertos. E entre as ações previstas, está a apresentação dos projetos de Pesquisa e Extensão que são desenvolvidos no campus.

Ao todo, o IFMT possui 19 campus no estado, vários centros de referência, polos e várias turmas de Educação à Distância. A instituição possui cerca de 30 mil alunos no estado, dos quais cerca de 60% são alunos regulares e presenciais. O instituto oferece desde cursos iniciais de formação continuada até o Mestrado. Já o campus de Rondonópolis tem cerca de 700 alunos em cursos presenciais, mais 300 a 400 alunos nos cursos a distância. Para isso, conta com um quadro de funcionários composto por 100 servidores efetivos, entre docentes e técnicos administrativos, além de 15 terceirizados.

 

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1 COMENTÁRIO

  1. Como dizem o choro é livre, a poucos anos, ainda em tempos sombrios do governo esquerdopata e ptralha houve redução de verbas e não se viu tantas manifestações como agora, fica a pergunta porque?
    Mas tirando isso vamos fazer análise, coisa que pelo visto muitos tem dificuldade em fazer!
    Em tempos de austeridade onde precisa-se identificar como são gastos as verbas pulicas, diga-se de passagem como é gasto o dinheiro do povo, é necessário e totalmente aceito que tenhamos cortes! Quando avaliamos empresas do setor privado para que possam se recuperar, a primeira medida a ser tomada é cortar muitas coisas que não geram resultado, nesse caso, na área publica o que vemos é uma verdadeira farra com nosso suado dinheiro, e é preciso sim que todos se adequem as necessidades, se o valor que segundo afirma o IFMT é para custeio mensal, nada melhor que começar a rever contratos, cortas gastos desnecessários, ou seja, colocar em prática o que não era feito a muito tempo, GESTÃO!

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