29.6 C
Rondonópolis
 
 

Ficou na promessa: Fábricas não se instalam e Município busca reaver áreas

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Após quase 20 anos, Prefeitura ainda não conseguiu reaver área que foi doada para sediar a fábrica da Fankhauser, onde barracões continuam inconclusos e abandonados – Foto: Roberto Nunes/A TRIBUNA

Entre o fim da década de 1990 e o começo dos anos 2000, muitas indústrias lançaram projetos para abrir unidades em Rondonópolis, conseguindo grandes áreas do Município para implementar seus investimentos. Vários projetos, por motivos diversos, não se concretizaram e, passados 20 anos em alguns casos, a Prefeitura ainda tenta retomar essas áreas para a municipalidade. São casos que ficaram conhecidos dos rondonopolitanos no passado e que geraram grande expectativa, a exemplo das fábricas da Fiasul (fiação), Fankhauser (implementos agrícolas), Poland (agroquímicos) e Facchini (implementos rodoviários).

Desses casos mais conhecidos, o Município conseguiu até o momento apenas o cancelamento da doação da área para a Poland, que firmou um acordo de intenção com a Prefeitura em 2004, para se instalar em uma área no Distrito Industrial Augusto Razia, na saída para Campo Grande. A decisão para cancelamento dessa doação ocorreu em 2012. “É uma determinação do prefeito Zé Carlos do Pátio e do Codipi (Conselho Diretor de Política de Desenvolvimento Industrial de Rondonópolis) que as áreas doadas ou vendidas com subsídio e não construídas sejam retomadas, seja administrativamente ou judicialmente, para que possam gerar renda e emprego no município”, garantiu o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Milton Mutum.

A área que foi doada para a Fankhauser, na saída para Cuiabá, é um dos casos emblemáticos em Rondonópolis. Desde o fim dos anos 90 quem se dirige à capital do Estado presencia os prédios inacabados e abandonados às margens da BR-364, na confluência com o Anel Viário. Segundo Milton Mutum, a fábrica seria construída com financiamento da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), mas se viu sem condições de concluir o projeto com o fim dessa instituição. Ele aponta que o processo de retomada da área ainda corre na justiça, havendo uma decisão em primeira instância em prol do Município.

A Fiasul, com área recebida junto à BR-163, próximo ao frigorífico Agra, seria outro grande investimento no segmento têxtil em Rondonópolis, com processo de instalação na cidade desde 1999. Também seria erguido com financiamento da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), mas não teve condições de dar continuidade ao projeto com a extinção desta instituição. Da mesma forma, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico atesta que o processo de retomada da área continua em curso na Justiça, sem ter um desfecho.

A Facchini é outro projeto que gerou grande expectativa em Rondonópolis no começo dos anos 2000. Passado tanto tempo, a empresa construiu apenas em cerca de metade da área recebida, com investimentos em produção e geração de emprego e renda bem aquém daqueles prometidos no projeto inicial. Uma das primeiras dificuldades apontadas pela fábrica foi a crise na agricultura enfrentada entre 2006 e 2007. Milton Mutum explica que a Facchini concordou em devolver a parte não construída, cerca de 13 hectares, em um processo administrativo ainda em curso, mas não finalizado.

OUTRAS ÁREAS

Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Milton Mutum: “Vamos fazer a retomada dessas áreas para destinar para empresários que possam gerar emprego e renda na cidade” – Foto: A TRIBUNA

Além desses projetos antigos e conhecidos, o Município trabalha para reaver várias outras áreas que foram vendidas a preços subsidiados e que não cumpriram as condicionantes, como relacionadas ao tamanho da construção, prazo para construção, número de empregos e geração de renda. No Distrito Industrial Augusto Razia, por exemplo, o secretário diz que são 12 áreas de empresas que a Prefeitura está buscando a retomada via judicial. No Distrito Industrial Rondonópolis, conhecido por abrigar a fábrica da ADM, também existem várias áreas que estão na Justiça para voltarem para o Município.

No minidistrito industrial de Vila Operária, voltado para pequenas fábricas, a informação é que cerca de 40 áreas estão em processo de retomada pela Prefeitura, mas de forma administrativa, através de rescisão unilateral dos contratos. Nesse caso, vale dizer que houve um prolongamento do prazo para que as empresas pudessem construir e concretizar os projetos, mas, mesmo assim, não vingaram.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Juros de cartão de crédito sobem e atingem 421,3% ao ano em março

Após dois meses consecutivos de queda, a taxa média de juros do cartão de crédito rotativo apresentou, em março,...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img