Começaram a ser ouvidos nesta quinta-feira (10/5) pelo Ministério Público Estadual, em Cuiabá, os investigados da segunda fase da Operação Bereré, deflagrada nesta quarta-feira (9), em Cuiabá.
As oitivas ocorreram ontem na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), na capital. Elas devem prosseguir hoje (11).
Os primeiros a chegar no prédio para esclarecimentos foram o deputado estadual Mauro Savi e o advogado Pedro Jorge Zamar Taques, irmão do ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques.
Por volta das 10h30 de ontem, o empresário José Kobori chegou à sede do Gaeco. Kobori foi preso na manhã de quarta-feira em São Paulo e chegou em Cuiabá à noite.
Os depoimentos de Paulo Taques, Pedro Jorge Zamar, Claudemir Pereira dos Santos, Mauro Savi e José Kobori estavam previstos para a parte da tarde de ontem. Todos eles estão presos no Centro de Custódia de Cuiabá.
O último depoimento deve ocorrer nesta sexta-feira (11), às 10 horas, com o deputado estadual Eduardo Botelho, que é um dos investigados pela operação. Ele é um dos sócios da Santos Treinamentos, empresa que, segundo o MPE, ajudou a lavar o dinheiro do esquema.
A segunda fase da Operação Bereré, batizada de Bônus, apura um esquema que pode ter desviado R$ 27 milhões por meio de um contrato do Detran com a empresa EIG Mercados, que operou de 2009 a 2015.
A operação é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e delações premiadas.
