O vereador Hélio Pichioni (PR) cobrou na tribuna da Câmara, na sessão ordinária de ontem (26), que a Prefeitura tome uma decisão sobre qual procedimento a Santa Casa de Misericórdia e Maternidade deixará de fazer em função da diminuição do repasse do Estado e afirmou que não há empenho dos deputados que representam Rondonópolis na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional em tentar mudar a questão dos repasses do Estado para o Município. “Não tem cobrança, não tem deputado que vai lá e defenda, não tem força política”, disparou o republicano.
Segundo Hélio Pichioni, a Santa Casa terá que reduzir os procedimentos médicos para a população e ninguém busca reverter essa situação. “Foi feita uma reunião com prefeitos das 19 cidades da região, falaram que iriam fazer, que iriam trabalhar para mudar a lei que autorizou a diminuição dos repasses, mas até agora nada foi feito. Se teve cidade que conseguiu e nós não é porque falta cobrança, falta força política”, argumentou o vereador.
Para o vereador, existe falta de vontade, tanto da Prefeitura, como dos deputados para tentar mudar essa situação. “Eu falei com os deputados do meu partido, mas não fizeram nada, nem os de outro. Nenhum fez nada”, reiterou Hélio Pichioni.
A Santa Casa de Misericórdia e Maternidade teve os recursos reduzidos de R$ 709 mil para R$ 548 mil mensais, uma diferença de R$ 161 mil. Além disso, o hospital, que é referência, principalmente, na área de gravidez de alto risco e o único que conta com Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais na região, ainda não recebeu do Estado, os repasses referentes aos meses de janeiro e fevereiro deste ano.
Com a redução dos repasses, a unidade aguarda um posicionamento do município sobre quais procedimentos médicos serão suspensos, pois não haveria forma de manter todos os serviços em andamento.
Conforme havia adiantado ao jornal A TRIBUNA, o diretor da Santa Casa, Fausto Del Claro Junior, depois que os repasses foram reduzidos, a Santa Casa manteve todos os procedimentos, mas que esta seria a última semana que iria fazê-lo. Segundo ele, entre 1° de março, até 15 de abril, por exemplo, a unidade de saúde acumulou R$ 84 mil em dívidas referentes a multas e juros sobre encargos não pagos, além de estar com pagamentos aos fornecedores atrasados.
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