Maioria rejeitaria horário de verão, acredita deputado

Caso os governos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e do Estado do Tocantins, realizassem plebiscito, a maioria da população rejeitaria a implantação do horário de verão. A opinião é do deputado Victório Galli (PMDB-MT), para quem a alteração do horário só é prejudicial aos trabalhadores e, principalmente, às crianças e idosos.
Victório lembra que, este ano, o Estado da Bahia voltou a ficar fora do horário de verão. Mesmo sendo a favor do alinhamento com o horário de Brasília, o governador Jaques Wagner (PT) declarou que havia decidido pelo cancelamento com base numa pesquisa encomendada para ouvir a opinião da população. O resultado foi que 76% dos baianos reprovaram a alteração do horário no estado.
O horário de verão, com o adiantamento de uma hora, está em vigor desde o último domingo (21), nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e no Distrito Federal e vai até 17 de fevereiro do ano que vem.
O governo federal estima uma economia de R$ 280 milhões, no período, com uma redução no consumo entre 5% e 5,5% da demanda para o horário de pico, entre 18h e 21h.
Apesar de o governo federal garantir que a medida reduz o consumo de energia, segundo o deputado Victório estudos comprovam que a mudança é prejudicial à saúde devido à alteração do relógio biológico. “A alegação do governo não justifica. A queda no consumo é muito baixa diante dos sacrifícios”, afirmou.
“Se a medida é tão eficaz, o governo federal não poderia abrir exceções, e, se vale a opinião da população, que os governantes procurem ouvir o povo”, disse Victório.