O enorme buraco do qual surgiu o lago é resultado da retirada de terra para uma obra de terraplanagem
Duas garotinhas morreram tragicamente na tarde dessa quarta-feira (27/12), em uma lagoa formada próximo ao Residencial Magnólia, localizado no início da Rodovia do Peixe. Elas teriam se afogado ao entraram na água barrenta do lago para brincarem.
As garotas – Gabriely, de 7 anos, e Maria Eduarda, de 6 anos – teriam saído desapercebidas pelos pais de suas casas e, na companhia de um irmão um pouco mais velho, foram até o local onde se formou um lago com o acúmulo da água da chuva para brincarem, mas, assim que entraram na água, perceberam que o lago era mais fundo do que imaginavam e não conseguiram mais sair da água, se afogando.
A cena toda foi presenciada pelo irmão de Gabriely, que, ao perceber que a sua irmãzinha estava se afogando, saiu em disparada em sua bicicleta para buscar ajuda. Assim que ele encontrou os primeiros adultos, eles foram até o local e constataram que realmente havia acontecido o fato e imediatamente telefonaram para o Corpo de Bombeiros, que prontamente atenderam a ocorrência, mas nada puderam fazer, resgatando as garotas do lago já sem vida.
O pai de uma das garotas, o operador de máquinas Jean Carlos dos Santos, de 42 anos, ficou desolado com a perda da filha. “Infelizmente, as crianças sumiram e nós fomos atrás, mas nós só encontramos elas desse jeito. Já fazia horas que a gente já estava procurando ela, mas não deu. Estou me sentindo péssimo. Perder uma filha desse jeito é uma bomba… é difícil”, disse, entre lágrimas.
De acordo com informações de moradores que se aglomeraram no local para acompanhar o resgate dos corpos das crianças, o enorme buraco do qual surgiu o lago é resultado da retirada de terra para a obra de terraplanagem do terreno onde foram construídos os residenciais próximos e é muito frequentado por crianças.
“Agora, com a gurizada toda em férias das escolas e sem ter o que fazer em casa, aqui direto está cheio de crianças”, informou uma moradora que preferiu não ser identificada, alertando para o risco de novos afogamentos. “Isso precisa ser tampado, aterrado… Não pode ficar desse jeito por que vai morrer mais gente”, alertou.