(*) Brasilino da Silva
Sempre me lembro dos rins quando me deparo com rejeição conceito
Conceito é por assim dizer a coisa de máquinas de qualquer substantivo
Substantivo, conceito e rejeição se mesclam nas águas turvas da ignorância
Turvas ou claras maniqueístas o certo é que se enfrentam e revolucionam
Revolução é mudança lenta ou brusca que ao final substituiu a fase anterior
De alguma sorte ou norte pode se dizer que uma rejeição é uma revolução
Ou vice e versa já que ambas transformam conceitos, corpos e realidades
De rins até por ser a primeira ressonância para saber se menino ou menina
Rejeição na vida
Calcifica em pedras
Reino indecifrável dos rins
O senhor sofre de grave morte diária das felicidades por males da rejeição
É doença silenciosa e indigitada, mas severa a ponto de abater o hospedeiro
Hospedeiro é viés para não dizer paciente, este sem ação sofre consequências
O hospedeiro com algum poder de barganha recebe põe cadeira e pede sentar
A viandante rejeição inventada é mescla do bem e do mal sente-se em casa
O hospedeiro franzino de autoestima precisa dela e ela dele para existirem
Relação difícil, interesses divergentes sem saber um quer a morte do outro
Sentimento de rejeição; é isto! Mal de morte diária dos sonhos de felicidade
O bem e o mal
A vida e a morte
Em constante luta
A rejeição morrerá
Só não se sabe quando.
(*) Brasilino José da Silva é poeta em Rondonópolis