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Rondonópolis
 
 

Trabalho análogo à escravidão

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(*) Jorge Manoel

Sou homem do campo, hoje estou idoso e cansado.
Sempre trabalhei em serviço duro e muito pesado.
Aquele que era meu dono, ou melhor, meu patrão,
me pagava com algum dinheirinho, arroz e feijão.

Nunca tive a oportunidade de ter carteira assinada.
Pois, sou semianalfabeto e de lei não sei nada.
E aquele que era meu dono, ou melhor, meu patrão,
dizia que era porque eu não tinha profissão.

Sou mulher, na vida aprendi a lida diária do lar.
Trabalhando para madames para meu aluguel pagar.
Aquela que era minha dona, ou melhor, minha patroa,
pagava pouco para que ela pudesse ter uma vida boa.

Eu também nunca tive a minha carteira assinada.
Aprendi só trabalhar, obedecer e nunca dizer nada.
E aquela que era minha dona, ou melhor, minha patroa,
dizia que assinar a carteira não era para qualquer pessoa.

(*) Jorge Manoel é jornalista, professor, intérprete e poeta em Rondonópolis.

 

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