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Escassez de políticos verdadeiros

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Wilson Fua - 23-10-14

A fábrica de grandes líderes fechou suas portas e hoje vemos políticos correndo atrás dos seus negócios ou dos interesses de seus grupos econômicos, compostos de empresários que investiram em suas campanhas. Nesse mundo desvairado do poder pessoal daqueles que habitam nas Câmaras e nas Assembleias, e entre eles, vemos grupos de políticos lutando para triplicar a vergonhosa “verba indenizatória” enquanto milhares de trabalhadores vivem no limite dos seus minguados salários.
Vemos políticos se aposentando com 10 ou 15 anos de mandato, sem nenhuma vergonha em comparação com a situação dos trabalhadores que trabalham 35 anos e aposentam com salários mínimos. Enquanto o povo fica na fila da saúde pública urrando de dores na porta da humilhação do pronto-socorro que nunca “está pronto” e vivendo de expectativa de esperar pelo “quem sabe um dia” ser amparado por uma saúde pública de qualidade, os políticos usam planos de saúde particulares pouco se lixando pela vida daqueles que não têm com quem contar.
Os trabalhadores sendo humilhados com o transporte público de péssima qualidade, com ônibus superlotados e quebrando pelo caminho, e tendo ainda que esperar nos pontos de ônibus, que não protegem o “usuário” nem do sol e nem da chuva. Enquanto isso, vemos políticos querendo saber se o povo quer BRT ou VLT.
O certo seria dar um choque de realidade nesses políticos e convidar vossas excelências para ir à Assembleia Legislativa de ônibus durante 30 dias, só aí talvez o político insensível, entenderia o que seria melhor para o trabalhador, que paga uma passagem caríssima em comparação ao conforto que não recebe em seu deslocamento ao trabalho.
Hoje, as pessoas perderam a capacidade de indignar-se, passam indiferentes às coisas mais chocantes e escandalosas. Hoje, corrupção e desvio de conduta viraram “coisa mal feita”, mudaram a tipificação do crime para ser aceito ou não provocar choque na sociedade. Mas, a vida é uma eterna prova. E, passamos por testes a todo o momento, teste sobre os nossos valores morais e éticos, às vezes reprovamos, às vezes omitimos, às vezes passamos com notas altas, às vezes só passamos.
Como é bom liderar uma ação e ao final vermos que ela foi vencedora, que o resultado trouxe luz para as pessoas. Como é bom sentir a alegria de uma vitória de uma coisa considerada perdida, quantas vezes através das nossas ações demos proteção a uma pessoa fraca e que não tinha com quem contar, ou através da nossa luta revertemos uma injustiça. E, ao contrário, quando omitimos diante das barbaridades contra uma criança ou um ser indefeso, nós mesmos sentimos como um covarde, e essa ação de covardia será cobrada um dia.
O político, na sua essência, é um líder natural, a sua responsabilidade existencial é muito grande, e por receber esse dom divino, o líder político nunca poderá transgredir a verdade, a honestidade e sentido comunitário. O verdadeiro político é aquele que recebeu o dom divino, que tem o sentido comunitário, que está sempre em busca da satisfação popular e do prezar do bem servir. O político, na sua essência, é um servidor público, porque o seu poder é transitório, e que emana do povo e para o povo, mas muitos políticos não entendem assim.
Quantas vezes, a vida nos impõe a necessidade de participar como líder de um grupo, de um movimento, de uma associação ou mesmo de uma causa. Na verdade, durante toda a nossa vida, aparecem momentos que temos que liderar e constantemente ouvimos dentro da nossa alma ou dentro no nosso coração uma voz nos dizendo: você tem que liderar.
A voz que clama contra o que está errado é sempre ouvida por Deus, se os nossos companheiros de vida, passageiros deste tempo, não têm força para reclamar, protestar ou lutar, é a nossa vez de fazermos por eles. Quem percorre o caminho da fé, sempre traz consigo um código de honra a ser cumprido.

(*) WILSON CARLOS FUÁH é especialista em recursos humanos e relações sociais e políticas

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