Uma onda de protestos, iniciado por jovens contra o aumento da passagem de ônibus, que, potencializado pelas redes sociais, acabou desencadeando um movimento de âmbito nacional levando milhões de brasileiros às ruas, um dos maiores movimentos da história em volume de participantes.
Jovens que, a princípio, poderiam não ter muita noção do movimento que estavam desencadeando, mas que, no exercício da cidadania, não só aprenderam como ensinaram a todos nós, que, há muito, havíamos perdido o hábito de protestar, como organizar e participar de grandes manifestações com atitudes de civilidade e gritos de guerra como: “Vem pra rua”; “O gigante acordou”; “Nem Turquia, nem Grécia, chega de inércia”, entre outras.
O que fica desta experiência que está longe de terminar — em que pese as atitudes deploráveis de vândalos oportunistas — é que serviu para despertar um interesse político crescente entre a população de um modo geral, primeiro passo para as mudanças que o país necessita e que já iniciaram em decorrência da pressão popular. GIGANTE! NÃO SE DEITE NOVAMENTE!
Mas não confunda as coisas. Não compare Dilma Rousseff com Collor de Mello. Não se deixe usar por grupos que “estão loucos” para reassumir o poder, isso mesmo, reassumir, porque sempre estiveram lá e não fizeram NADA, principalmente, em favor das classes menos favorecidas! Não tenha saudades da Ditadura Militar.
Lembre que estamos até hoje procurando ossos de companheiros por aí! Então, continue nas ruas e ajude nossa presidenta a cobrar mais atitude do Congresso Nacional e a reorganizar seu próprio plano de governo.
(*) Wilse Arena da Costa – doutora em Educação: Psicologia da Educação – Professora Associada do Departamento de Educação/ICHS/CUR/UFMT (aposentada) e escritora