Uma torcida sem esperança, desiludida
Quando ao campo ia, vaiava e sofria
Ficou para trás o desejo de renovar
Muito tempo, testes e frustração
Sonolenta e adormecida em sua guarida
De repente como que gritando levantou
Instrumento ovalado o ator pegou
Saíram todos correndo, correu, correu
Não parou, driblou a preguiça do preguiçoso
Machucou a fúria daquele time raivoso
Devolveu alegria, a seleção acordou
Em uníssono a voz do campeão retornou
Para onde haveria ido? Alguém perguntou
E até quando dura o sonho do sonhador?
(*) Jorge Manoel é jornalista em Rondonópolis