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Comentário sobre o Natal

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Mais um Natal se aproxima e com ele preocupações de como torná-lo cada vez mais aconchegante. De modo geral, a maior preocupação é com os preparativos, sejam eles na compra dos presentes, dos enfeites das vitrines das lojas, supermercados, nas ruas e praças, residências e nas Igrejas. Luzes por toda parte. No quintal a grama é aparada, a residência recebe pintura nova, alguns móveis são trocados, o quarto de hóspedes é impecavelmente preparado e mil e um detalhes são verificados. Tudo tem que estar na mais perfeita ordem. Afinal, é o preparativo da maior celebração cristã da humanidade, o nascimento de Jesus Cristo.
É tradicional a ceia de Natal e o peru é ponto de honra à mesa, como também pernil assado, lombo defumado, frutas e castanhas diversas farão parte, como também vinhos finos, champanha, refrigerante e cerveja. Pena que muitíssimas famílias não possam ter esse privilégio, pois as dificuldades financeiras são enormes, mas um frango assado ou pernil com certeza estará à mesa, pois o dia é especial, muito especial.
No entanto, em centenas de milhares de lares, mundo a fora, o Natal não é comemorado, muitas vezes nem lembrado, e quando lembrado soa tão distante, pois fome, miséria e mortandade andam lado a lado. A preocupação é com a sobrevivência diária. O contraste é enorme, algo inimaginável, totalmente desumano, ante um mundo de fartura e esplendor por um lado e o outro sinistro, onde a morte ronda a toda hora pela falta de comida, de medicamentos, oportunidades, etc.
Gostaríamos que não fosse assim, que a humanidade caminhasse na horizontal com dignidade, respeito, fartura, trabalho, educação, saúde, etc. Vimos, via Internet, que 185 mil pessoas no mundo detêm a imensa fortuna de 25 trilhões de dólares, numa concentração de riqueza jamais vista na face da Terra e pior, em expansão. Apenas uma pequena parte disso mataria a fome de milhões de pessoas. Mas insensibilidade, o repartir e o doar são algo que soa muito distante.
Afinal, o que pensam essas pessoas? São felizes? Dispõe de tudo que o mundo material pode oferecer, mas existe Deus no coração, ou o vazio é imenso? Não que sejamos contra a riqueza, pelo contrário, mas que seja utilizado em benefício de muitos de modo digno e honrado, de acordo com o plano de Deus. Jesus Cristo nasceu numa manjedoura, numa clara demonstração de que o mais importante não é a riqueza material, mas a espiritual e que a fraternidade é um ato louvável aos olhos do Pai Altíssimo. Para muitas pessoas, Deus concede o privilégio da riqueza material, mas esquecem de sua finalidade maior, no entanto um dia a cobrança vem, pois o Senhor Deus é perfeito e justo em todos os sentidos.
O homem nunca teve tanto acesso a Deus, no entanto nunca ficou tão distante como nos dias atuais. Os templos e Igrejas proliferam. O “ter” sempre fala mais alto. Acumular riquezas cada vez mais, a ponto de se tornar insensível. O seu mundo são os bens materiais, a sua fortaleza, porém, no devido tempo, não passa de estéreis castelos de areia. A carência afetiva, doenças das mais diversas, principalmente as nervosas, as brutais diferenças sociais, a violência que se espalha, as drogas e prostituição se agigantam, numa demonstração clara da fuga da palavra de Deus. O ser humano está ficando cada vez mais vazio por dentro, sem nada de bom a oferecer, sequer um sorriso, um cumprimento ou um abraço afetivo. Fica enclausurado em si mesmo. Ainda há tempo, o Natal está chegando, vamos nos conceder essa oportunidade. Não custam nada, apenas respirar fundo, boa vontade e abraçar a imensa campanha de fraternidade entre os povos, pois muitos são os necessitados. Aí sim estaremos realmente celebrando o Natal, em seu verdadeiro sentido. O amor a Deus e a partilha do pão, como Jesus Cristo ensinou.
Alguma vez convidamos Deus para vir à nossa casa, a nos abençoar e cear conosco? E no trabalho, alguma vez o convidamos? Dispomos de tempo para orar e agradecer, ou a nossa correria diária não permite sequer um tempinho para Ele? Na verdade, Deus está sempre ao nosso lado, esperando pacientemente que nos manifestemos. Nós nos esquecemos Dele, muitas vezes pela vida inteira. O tempo é inflexível, passa depressa e sem que se perceba já é tarde demais. Lamentar não resolve nada.
Os festejos de Natal são um convite à reflexão e aproximação com Deus Pai e Jesus Cristo Salvador. Vamos renovar nossos votos de fraternidade, paz e amor, pois esse tesouro está latente em nosso coração. É só deixar desabrochar.

(*) ORLANDO SABKA é morador em Rondonópolis – E-mail: [email protected]

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