Novamente Copa. O orgulho de ser brasileiro entra em campo e junto com ele o grito de gol pronto para ecoar mundo afora. Peguem suas cornetas, vistam seus uniformes, pintem a cara, espalhem o verde e o amarelo. É Copa. A festa mais esperada do mundo vai começar e uma das primeiras coisas ao ver quando saio de casa são as cores nacionais.
Bandeiras decoram comércios e automóveis. Bandeirolas enfeitam escolas e universidades. Avenidas, praças e moradias já festejam esse clima gostoso. Mostremos ao mundo o orgulho que temos de ser brasileiro. Enfim, Copa.
Adorável Copa… Lastimável Copa…
O que deveriam ser atos de patriotismo acaba se tornando infrações à lei n° 5.700/71 (Lei dos Símbolos Nacionais) que infelizmente é desconhecida pela maioria das pessoas. Para mim cuidar de um símbolo nacional não se trata de cumprir ou não a lei (conhecendo-a ou não), mas sim de simples e bom senso.
Bandeiras foram criadas para ficar sobre nossas cabeças, num lugar de honra, é para isso que servem os mastros. Sob nossos pés devem-se haver capachos. Sinto-me envergonhado ao ver bandeiras pintadas em calçadas e sou incapaz de pisá-las (sim, eu as contorno). Na faixa da bandeira brasileira deve haver as inscrições “Ordem e Progresso” (como disse Raimundo Teixeira Mendes) e não “Rumo ao Hexa”, ou “Hexacampeão”, ou outra coisa qualquer. Parecem ínfimas mais são infrações suscetíveis a multa de até 4 salários mínimos vigentes. E não são apenas essas, há outras formas de desrespeito aos Símbolos Nacionais.
Só para constar, existe uma forma específica de dobrar as Bandeiras, que devem ser guardadas em lugares dignos (não em qualquer canto), existe uma forma correta de hasteá-las, arriá-las e trocá-las. Até mesmo Bandeiras em mau estado de conservação suspensas em mastros é considerado desrespeito devendo ser entregues a qualquer Unidade Militar, pois serão incineradas no dia da bandeira (19/11) segundo o Cerimonial Peculiar.
O verde e amarelo devem pulsar em nossos corações, essas devem ser a cor do nosso orgulho.
A lei diz ser obrigatório o ensino do desenho e o significado da Bandeira, assim como o canto e a interpretação da letra do Hino Nacional, no entanto não me recordo de tê-los aprendido devidamente. É sabido que a futuro está nas crianças (isso sempre disseram), mas se não plantarmos nelas o espírito patriota não haverá futuro. Temos que ensiná-las a amar o país e a respeitá-lo para que elas o transforme.
Não é porque o amor não esteja escrito na Bandeira Nacional que ele não exista. Afinal o resumo feito por Raimundo Teixeira Mendes não muda a ideia original do francês Auguste Comte “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”, o amor em primeiro lugar, para que haja ordem, para que surja o progresso.
(*) Angelo Bardinelli é estudante universitário e patriota
