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Especialista alerta sobre câncer de pâncreas

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O presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva em Mato Grosso (Sobed-MT) e diretor técnico do Centro de Endoscopia Cuiabá (CEC), Roberto Barreto, alerta sobre um dos tumores mais agressivos e de difícil diagnóstico: o câncer de pâncreas. Na semana passada, no dia 8 de abril, celebrou -se o Dia Mundial de Combate ao Câncer.
No Brasil, o tumor pancreático é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% das mortes pela doença — 8.710 pessoas — segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
De acordo com o presidente da Sobed-MT, o câncer no pâncreas é uma doença assintomática em suas fases iniciais, por isso é importante fazer exames e prevenção para detecção precoce, tendo em vista tratar-sede câncer de alta letalidade.
“Exames como ultrassom, tomografia e ressonância fazem o diagnóstico, porém o melhor e mais preciso exame no diagnóstico é a ecoendoscopia, pois é superior a tomografia e a ressonância no diagnostico precoce do câncer de pâncreas. O CEC é pioneiro e único no Mato Grosso a disponibilizar o exame há 9 anos. A ecoendoscopia faz o diagnóstico e retira ao mesmo tempo o material das lesões suspeitas do pâncreas”, enfatiza Barreto.
O pâncreas é uma glândula do aparelho digestivo, localizada na parte superior do abdome e atrás do estômago. É responsável pela produção de enzimas, que atuam na digestão dos alimentos, e pela insulina – hormônio responsável pela diminuição do nível de glicose(açúcar) no sangue. É dividido em três partes: a cabeça (lado direito); o corpo (seção central) e a cauda (lado esquerdo). A maior parte dos casos de câncer de pâncreas localiza-se na região da cabeça do órgão.
Segundo o especialista o câncer de pâncreas não apresenta sinais específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor, e os mais perceptíveis são: dores abdominais de leve ou forte intensidade que irradiam para as costas, icterícia, perda de apetite e de peso, cansaço, anemia e diabetes tipo 2.
O câncer de pâncreas tem um mau prognóstico de sobrevivência em grande parte porque muitas vezes passa despercebido por muito tempo, dando-lhe tempo para se espalhar. Roberto Barreto esclarece que apenas com o diagnóstico precoce, o paciente tem maiores chances de cura. Em casos de detecção tardia, o tempo de sobrevida varia entre seis meses a cinco anos.
“A prevenção é a melhor forma de se cuidar. O diagnóstico tardio dificulta o tratamento oncológico, diminui as chances de cura e interfere na qualidade de vida dos pacientes”, destaca o médico.
Fatores de risco
Entre os fatores de risco, destaca-se principalmente o uso de derivados do tabaco. Os fumantes possuem três vezes mais chances de desenvolver a doença do que os não fumantes. Dependendo da quantidade e do tempo de consumo, o risco fica ainda maior. Outro fator de risco é o consumo excessivo de gordura, de carnes e de bebidas alcoólicas. Como também a exposição a compostos químicos, como solventes e petróleo, durante longo tempo.
Há um grupo de pessoas que possui maior chance de desenvolver a doença, e estas devem estar atentas aos sintomas. Pertencem a este grupo indivíduos que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes melitus, que foram submetidos a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno ou sofreram retirada da vesícula biliar.
Ecoendoscopia
Considerado pela medicina como um dos melhores procedimentos para a análise do pâncreas e das paredes do estômago, a ecoendoscopia é grande aliada na prevenção do câncer de pâncreas. Além disso, é o único exame que permite a coleta de material das lesões suspeitas através da punção ecoguiada com agulha fina, segundo explica Roberto.
Também é conhecido como ultrassonografia endoscópica, o exame reúne ultrassom e endoscopia no mesmo procedimento. Um dos diferenciais é a utilização de ondas sonoras de alta frequência, que permitem a melhor definição das imagens dos órgãos do paciente. O aparelho é introduzido pela boca e ao chegar no estômago, o endoscopista liga o probe do ultrassom para visualizar órgãos que estão atrás, como é o caso do pâncreas, vesícula, e outros. O procedimento tem duração média de 30 a 90 minutos e é realizado no paciente sob sedação.

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