Flu massacra Atlético no Engenhão

O Corinthians venceu o Santos, na última quarta-feira, e manteve-se na liderança isolada do Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro também fez sua parte e assumiu a segunda posição. Com isso, o Fluminense entrou em campo nesta quinta-feira à noite, no Engenhão, muito pressionado. Tinha de ganhar, de qualquer maneira, para ultrapassar o time mineiro na classificação e encostar no clube do Parque São Jorge. Foi o que fez. Goleou o frágil Atlético-MG por 5 a 1, e segue firme na briga pelo título – está a dois pontos do Corinthians, que possui um jogo a menos.
A cada rodada, o desespero do Atlético-MG só aumenta. O time não consegue reagir e sair da zona de rebaixamento.
Com os meias Conca e Deco em ação, o Fluminense largou na frente Bola cruzada na área, o zagueiro Leandro Euzébio subiu mais alto que o defensor Rever, convocado para a seleção brasileira, e marcou de cabeça – foi seu quinto gol pelo clube carioca.
A animação da torcida tricolor logo esfriou. O meia Daniel Carvalho cobrou falta, o goleiro Rafael pulou atrasado e o Atlético-MG empatou.
Antes do intervalo, o Fluminense, mesmo sem jogar bem, voltou a ficar em vantagem no placar, num chute do lateral-esquerdo Carlinhos. A bola quicou no gramado irregular e enganou o goleiro Fábio Costa.
A expulsão do volante Alê, aos 17 minutos do segundo tempo, deixou o Atlético-MG entregue. Com a vida facilitada, o Fluminense fez mais três gols, com o zagueiro Gum, o meia Marquinho e novamente com Carlinhos.
Na próxima rodada, o Fluminense irá a Salvador enfrentar o Vitória, domingo. No mesmo dia, o Atlético-MG receberá o Grêmio.

Após derrota Luxemburgo ganha as contas

Três dias após dizer que quem colocou o Atlético-MG na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro iria tirá-lo, o presidente do clube, Alexandro Kalil, mudou de ideia e demitiu Vanderlei Luxemburgo. O técnico foi comunicado de sua saída do cargo no Estádio do Engenhão, após a goleada por 5 a 1 diante do Fluminense, nesta quinta-feira à noite.
A derrota para o Fluminense foi a 15º do Atlético-MG em 24 jogos no Brasileiro. O time é o 18º colocado, com 21 pontos, quatro pontos a menos que o Avaí, último time fora da zona do rebaixamento. O aproveitamento de pontos é de apenas 29,2%.
“O presidente optou pela minha troca, e o presidente achou natural a minha troca. Entendo, porque ele quer fazer as coisas acontecerem”, disse Luxemburgo, que, no último domingo, após o revés por 3 a 2 para o Vitória, em casa, disse que “não era frouxo” para pedir demissão.
“Fiz meu máximo, não tenho nenhum ressentimento com o Kalil e com a diretoria. Lamento muito, porque nos últimos anos foi a última vez que peguei um clube com condição de trabalhar, contratei muitos jogadores e a coisa não fluiu”, continuou Luxemburgo.
O técnico foi contratado pelo Atlético-MG em dezembro de 2009 e conquistou o título mineiro de 2010. Para a disputa do Brasileiro, pediu a contratação de vários jogadores experientes, como Fábio Costa, Diego Souza, Daniel Carvalho, Rever, e o equatoriano Edson Mendez. A equipe, no entanto, não consegue render.
“Não tenho nenhum problema com os jogadores. O nosso grupo é muito bom, tem muito qualidade, e eles devem se unir ainda mais”, disse Luxemburgo, que afirma ainda acreditar que a equipe se salve do segundo rebaixamento no Brasileiro dos últimos anos – o primeiro foi em 2005.