Treinadores à perigo. Jogadores contestados pela torcida. Dirigentes aflitos atrás de soluções. Este tem sido o cenário de São Paulo e Santos após o final da Copa do Mundo. Os dois clubes vivem crise após três tropeços seguidos no Campeonato Brasileiro. E neste domingo, às 15 horas, na Vila Belmiro, se enfrentam sob pressão três dias antes de decisões importantes para seus futuros.
Preocupado com o futuro do time, mas não com sua permanência no cargo, Ricardo Gomes vai poupar praticamente todos os titulares do São Paulo no clássico. O foco está ajustado para a semifinal da Copa Libertadores diante do Internacional, projeto prioritário da equipe na temporada.
“Vive-se a Libertadores no São Paulo de forma diferente daquela de qualquer outro clube do Brasil”, justificou o treinador tricolor. “O torcedor só quer saber de Libertadores. Cheguei aqui para isso. Brigamos pelo título e o assunto, nestes últimos dias, mudou (rumores de sua demissão tiraram atenção da competição). Temos de voltar a nos focar na Libertadores”.
Apenas o goleiro Rogério Ceni e mais um jogador do time titular – Xandão é o principal candidato – serão escalados. Chance para os jovens Diogo (later al-esquerdo) e Casemiro (volante), que sequer estrearam na equipe principal ainda. “Não é fácil para eles ter uma oportunidade com a equipe tão reformulada”, explicou Ricardo Gomes. “Não vou poder fazer uma avaliação final depois deste jogo. Não podemos ser muito duros”.
CHANCE – Samuel tem 24 anos. Já não é qualquer novato no futebol Mas só neste domingo terá sua primeira oportunidade num time de ponta – ou nem tanto, já que Ricardo Gomes poupará titulares. O zagueiro, que começou no Ituano e foi contratado do Joinville, fará sua estreia no São Paulo logo contra o Santos. Logo em clássico onde os dois times penam em crise.
A fogueira não assusta. “Só os grandes jogadores conseguem se destacar também em momentos de dificuldade”, filosofa o zagueiro “Espero que esse seja o meu caso. Não tenho que escolher momento para jogar. Tenho vontade de estrear logo”.
O zagueiro demonstra segurança, embora, durante a entrevista, repita os famosos bordões dos boleiros. “Estamos treinando bem”, “vou dar o meu máximo”. E é tudo isso que o técnico Ricardo Gomes esperava mesmo quando aprovou sua contratação durante a Copa do Mundo.
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