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, 11 junho 2024
 
 

Reduzir idade penal provocará caos no sistema penitenciário

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José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça: defende o agravamento da pena de adultos que usam crianças para cometer crimes
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça: defende o agravamento da pena de adultos que usam crianças para cometer crimes

Brasília

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem (16) que o governo defende maior tempo de internação para jovens que praticarem crimes hediondos, com violência ou grave ameaça, como alternativa à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Cardozo disse que a redução da maioridade penal é um equívoco e pode provocar caos no sistema penitenciário, que já tem déficit de 300 mil vagas.
De acordo com o ministro, o prazo máximo de internação seria de oito anos, cumpridos em estabelecimentos especiais ou em espaços reservados nas unidades socioeducativas, de forma separada dos jovens que cometeram crimes de menor gravidade. Cardozo também defendeu o agravamento da pena de adultos que usam crianças para cometer crimes.
Para o ministro, que participou ontem de audiência pública sobre o tema na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a proposta “responde ao que a sociedade quer, ao que os especialistas recomendam e não tem o efeito colateral que todos os estudos mostram a respeito da redução da maioridade. Esse parece ser um caminho bom para debatermos”.
Ele explicou que tais propostas estão de acordo com o projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que aumenta a punição para adolescentes no caso de crime hediondo. Anteontem (15), o senador José Pimentel (PT-CE) apresentou parecer favorável ao projeto.
Para Cardozo, a redução da maioridade penal poderá gerar um caos no sistema penitenciário brasileiro. “As medidas socioeducativas deixarão de ser aplicadas, a lei penal comum incidirá e teremos então uma absorção impossível de ser feita, já que o déficit é de 300 mil vagas”, disse o ministro. Segundo ele, a construção de uma unidade prisional leva em média quatro anos.
Na audiência pública, o ministro reafirmou a posição do governo contrária à redução da maioridade penal, lembrando a inexistência de estudos comprovando que a mudança reduziria a violência. Para ele, o governo entende que a maioridade penal é uma cláusula pétrea da Constituição. Por isso, não pode ser alterada por meio de emenda constitucional.
O ministro de Direitos Humanos, Pepe Vargas, apresentou dados mostrando que os atos infracionais praticados por adolescentes são principalmente roubo, seguido por tráfico e homicídios.
Para ele, reduzir a maioridade penal agravará o problema. “Colocar o jovem de 16 anos dentro de um sistema prisional para adultos levará esse jovem a ser aliciado por facções criminosas. Ao sair do sistema prisional, ele não terá outra alternativa que não continuar aliciado por essa facção.”

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  1. Cardoso, ilustre ministro que, de “ilustre” não tem nada, manda esses menores para as prisões da Suécia que estão ociosas e lá, quem sabe esses menores voltem reabilitados. Gastos aqui são enormes e nada funciona, paga-se para os suíços os serviços penitenciários humanizados. É uma boa ideia senhor ministro e completamente viável, basta somente entrar em negociação. Deputados e senadores apoiem essa ideia, por favor, ou levem 10 cada um para casa esses marginais, ou deixar como está, muita gente inocente vai continuar sendo assaltada, estuprada e assassinada.

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