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, 18 maio 2024
 
 

Indonésia espera pedido de desculpas do Brasil

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Toto Riyanto - embaixador indonesio

Brasília

A Indonésia espera um pedido de desculpas do governo brasileiro pelo adiamento da apresentação das credenciais do embaixador indonésio no Brasil e está analisando todas as áreas da cooperação bilateral, disse ontem (23) o porta-voz da diplomacia indonésia, Armanatha Nasir, à Agência Lusa. O porta-voz da diplomacia indonésia disse à Lusa que “um pedido de desculpa está subjacente” na declaração enviada ao governo brasileiro sobre os passos que deve tomar para resolver a situação diplomática criada pelo adiamento da apresentação das credenciais do embaixador indonésio, Toto Riyanto.
Armanatha Nasir falou com os jornalistas após uma reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, na qual o embaixador Toto Riyanto relatou o que ocorreu. O diplomata foi chamado a Jacarta, após a presidente Dilma Rousseff ter adiado na sexta-feira (20) o recebimento das suas credenciais. “Achamos que é importante que haja uma evolução na situação para que a gente tenha clareza em que condições estão as relações da Indonésia com o Brasil. O que nós fizemos foi atrasar um pouco o recebimento de credenciais, nada mais que isso”, explicou a presidente após a cerimônia.
“Trata-se de um passo muito extraordinário e antidiplomático”, disse Armanatha Nasir, explicando que Toto Riyanto foi convidado formalmente para apresentar suas credenciais e, quando já se encontrava no Palácio do Planalto, “foi-lhe dito que tal entrega não iria acontecer”. Dilma recebeu as credenciais dos embaixadores da Venezuela, do Panamá, de El Salvador, do Senegal e da Grécia.
Em resposta, o governo indonésio enviou uma declaração às autoridades brasileiras informando que chamou Toto Riyanto de volta “até que o governo do Brasil determine quando as credenciais deverão ser apresentadas” e onde constam todos os “passos que devem ser tomados pelo Brasil”, disse o porta-voz, sem dar mais detalhes.
“Todos os aspectos das nossas relações estão atualmente sendo analisados e revistos, bem como o que poderemos fazer para seguir em frente e o que precisa ser feito nos próximos meses, semanas e dias”, disse Armanatha Nasir.
O diretor-geral para os Assuntos Europeus e Americanos no Ministério dos Negócios Estrangeiros indonésio, Dian Triansyah Djani, que também falou com os jornalistas, destacou que a Indonésia “é um país amigável”, mas “toda a cooperação deve ser baseada no respeito mútuo e na aceitação da sua soberania”.
Armanatha Nasir ressaltou que a Indonésia tem explicado ao Brasil, “em nível técnico, em nível ministerial e até em nível dos chefes de Estado”, que a condenação de dois brasileiros à pena de morte é uma questão de “implementação da lei” indonésia. “Esperamos que eles entendam isso”, acrescentou o porta-voz.
Em janeiro, a execução de Marco Archer por tráfico de drogas gerou mal-estar entre os dois países, após Dilma ter falado com o presidente indonésio, Joko Widodo, pedindo clemência. Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, que também foi condenado por tráfico de drogas, está no corredor da morte.
Atualmente, o Brasil e a Indonésia estão também divididos em um contencioso no âmbito da Organização Mundial do Comércio relativo ao bloqueio à carne bovina brasileira, que vigora na Indonésia desde 2009.

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