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, 19 maio 2024
 
 

Presidentes de três empreiteiras e ex-diretor da Petrobras são presos

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Na manhã de ontem, a Polícia Federal deflagrou a sétima fase da operação
Na manhã de ontem, a Polícia Federal deflagrou a sétima fase da operação

Brasília

A Polícia Federal informou que até o começo da noite de ontem (14) 18 pessoas tinham sido presas na nova etapa da Operação Lava Jato, que envolve a Petrobras e investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Segundo comunicado da PF, das 18 prisões, 14 são temporárias (cinco dias, prorrogáveis por mais cinco) e outras quatro, preventivas (sem prazo determinado).
Na manhã de ontem, a Polícia Federal deflagrou a sétima fase da operação e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Conforme balanço divulgado pela PF, além das 18 prisões, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão. Além disso, foram expedidos nove mandados de condução coercitiva e cumpridos, seis.
A Petrobras está no centro das investigações da Lava Jato, desencadeada em março para desmontar um suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, segundo a Polícia Federal.
Entre os presos pela PF, está o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e três presidentes de empreiteiras – José Aldemário Pinheiro Filho (OAS); Ildefonso Collares Filho (Queiroz Galvão); Ricardo Ribeiro Pessoa (UTC).
De acordo com a PF, alguns executivos das sete maiores empreiteiras do país, mantinham, nas últimas semanas, atitudes suspeitas, prevendo que poderiam ser alvo de uma operação policial. Segundo o delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela operação, essas pessoas pernoitavam fora de casa e viajavam com frequência. Ele negou que tenha havido vazamento de informações. “Alguns vinham saindo do país com frequência ou dormiam em hotéis, apartamentos nitidamente com caráter de não permanecer [nas residências fixas]. Isso se comprovou hoje [ontem] com alguns sendo encontrados em outras cidades.”
Ao todo, sete empreiteiras, com contrato de mais de R$ 59 bilhões com a Petrobras foram alvo da operação deflagrada ontem. “São aquelas em que o material apreendido e as quebras de sigilo dão material robusto para mostrar o envolvimento delas na formação de cartel, desvio de recursos para corrupção de agentes públicos”, disse o delegado.
Ainda de acordo com a PF, os executivos das empreiteiras presos ontem participaram diretamente da celebração de contratos com a Petrobras. Outros alvos da operação tiveram participação secundária ou atuaram no transporte de recursos obtidos de forma ilícita para doleiros, que posteriormente faziam a lavagem.
Na sétima fase da Operação Lava Jato foram expedidos 85 mandados judiciais e decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas referentes a um dos operadores do esquema.
BLOQUEIO DE BENS
Segundo a PF, os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.
As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como “custos operacionais”, reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.
CONTRATOS SUSPEITOS
Os principais contratos da Petrobras sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.
Segundo depoimento de Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção. Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Os partidos negam as acusações.

QUEM FOI PRESO

– Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras
– Jayme Oliveira Filho, que seria ligado ao doleiro Alberto Youssef

Os demais 16 presos são vinculados a empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras:

OAS
– José Aldemário Pinheiro Filho, presidente;
– Mateus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do conselho;
– Alexandre Portela Barbosa;
– Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor;
– José Ricardo Nogueira.

ENGEVIX
– Gerson de Mello Almada, vice-presidente;
– Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor;
– Newton Prado Júnior, diretor;

QUEIROZ GALVÃO
– Ildefonso Collares Filho, diretor-presidente;
– Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor

UTC
– Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente;
– Ednaldo Alves da Silva;
– Walmir Pinheiro Santana;
– Carlos Alberto Costa Silva

IESA
– Otto Sparenberg, diretor

GALVÃO ENGENHARIA
– Erton Medeiros Fonseca

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  1. Penso que todos serão soltos o mais rápido possível, pois existem forças poderosas muito além da PF, que faz um brilhante trabalho, mas a podridão no país tem raízes profundas, principalmente em se tratando dos “poderosos homens do colarinho branco super engomado”, uma vez que a roubalheira é de bilhões de reais.

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