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, 19 maio 2024
 
 

Produção de alimentos deve crescer 76%

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A produção mato-grossense de carnes (bovina, suína e aves) deve crescer 54% até 2022, passando de 2 milhões de toneladas em 2013 para 3 milhões

Mato Grosso deve continuar fazendo jus ao apelido de ‘maior celeiro do país’. Na próxima década, a produção de alimentos do estado deve atingir 71,6 milhões de toneladas, um aumento de 76% se comparado às estimativas para 2013, quando a produção deve ser de 40,7 milhões de toneladas.  Nesta sexta-feira (21/09), o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou o estudo AgroMT Outlook 2012, com projeções para o período 2012/2022.
Soja, Milho e Fibras – Nos próximos 10 anos, a soja deve ter um crescimento de 62%, saltando de 24 milhões de toneladas para 39 milhões de toneladas. Com este resultado, Mato Grosso se consolidará como maior produtor nacional da oleaginosa, responsável por 40% da produção brasileira. O grande destaque, porém, ficará com o milho. A produção deve crescer 106% na próxima década, passando de 13 milhões de toneladas em 2013 para 28,6 milhões de toneladas em 2022. Isto representará 36% da produção brasileira. Ao todo, a produção de grãos (soja e milho) deve chegar a 67,7 milhões de toneladas nos próximos 10 anos, aumento de 77,69% ante 2013, quando a colheita de grãos somará 38,1 milhões de toneladas.
Para o algodão, a estimativa é que a safra 2021/2022 chegue a 895 mil toneladas, acréscimo de 29% na comparação com o ciclo 2013/2013 que produzirá 694 mil toneladas. Mato Grosso deve continuar sendo o maior produtor de fibras do país em 2022, respondendo por 28% da produção nacional.
Carnes – A produção mato-grossense de carnes (bovina, suína e aves) deve crescer 54% até 2022, passando de 2 milhões de toneladas em 2013 para 3 milhões. A carne bovina, cuja produção em 2013 deve ser de 1,2 milhão de toneladas, atingirá 36% de aumento, ao passo que a área destinada a pecuária de corte deve sofrer queda de 19%. “O interessante na pecuária é que apesar da queda de área, a lotação por hectare deve aumentar 26%. A diminuição das pastagens não afetará a produção, que será suprida pelo uso de novos sistemas intensivos de produção”, comenta o gestor do Imea, Daniel Latorraca.
Ainda de acordo com Latorraca, o aumento da demanda internacional por alimentos contribuirá diretamente para o crescimento da produção mato-grossense. Dados da Food and Agriculture Organization (FAO), mostram que a população mundial em 2022 atingirá oito bilhões de habitantes, sendo que 55% estarão nas cidades. Além disso, o aumento da renda per capita nos países em desenvolvimento será de 37%, passando de US$ 6,9 mil por pessoa/ano para US$ 9,5 mil pessoa/ano em 2017. “Diante deste aumento populacional e da melhoria na renda, as pessoas de todo mundo consumirão mais e certamente parte destes alimentos sairá de Mato Grosso”, afirma o gestor do Imea.
Gargalos – Segundo o diretor executivo da Famato, Seneri Paludo, alguns desafios precisam ser vencidos para que a produção atinja tais níveis, como mais investimentos em infraestrutura e logística, aumento da capacidade de armazenamento de grãos e melhor qualificação da mão de obra. “É fato que a produção de alimentos de Mato Grosso, principalmente soja e milho, irá crescer muito nos próximos anos. Mas para isso precisamos vencer alguns problemas crônicos do estado, como logística, armazenamento dos grãos e a falta de mão-de-obra. Para este último, em especial, o Senar-MT tem se preparado e pretende capacitar 1 milhão de pessoas até 2020. Estudos como este do Imea são importante para que o poder público fique atento e comece a planejar e implementar ações que garantam a confirmação destas previsões”.
Na área da logística, Paludo destaca que a Famato, em parceria com as federações da indústria e agropecuária da região Centro-Oeste, desenvolve o projeto “Centro-Oeste Competitivo”, que irá traçar um planejamento estratégico de infraestrutura de transporte e logística de cargas para os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. A entidade também participa do Movimento Pró-Logística. “A partir destas iniciativas buscaremos parcerias tanto com os governos federal e estadual como também com a iniciativa privada para a construção de obras que desafoguem o transporte de cargas no Centro-Oeste”, finaliza.
Estas obras de logística serão essenciais para o desenvolvimento das novas fronteiras agrícolas de Mato Grosso, as regiões nordeste, noroeste e sudeste, que despontarão como as novas áreas agricultáveis do estado. “Mas para isso é fundamental a finalização das obras da BR-158, na região nordeste, e da BR-163, na região norte do estado”, reforça o gestor do Imea, Daniel Latorraca.

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