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Safrinha de milho deve crescer no Brasil

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Nos últimos dez anos a safrinha brasileira saltou de 15,27% de representatividade em relação à safra total de milho, para 38,29% no ano passado
Nos últimos dez anos a safrinha brasileira saltou de 15,27% de representatividade em relação à safra total de milho, para 38,29% no ano passado

Mesmo com a previsão de redução de área e produção de milho em 2011, por conta da falta de chuvas nas regiões produtoras e o baixo valor de remuneração pela matéria-prima, o setor está otimista em relação à colheita. Motivo: o crescimento contínuo da safrinha nos últimos anos, que já responde por 38% da produção total do cereal é o principal motivo para manter o avanço. A previsão é que em 2011 a cultura represente mais de 40% da colheita.
Nos últimos dez anos a safrinha brasileira saltou de 15,27% de representatividade em relação à safra total de milho, para 38,29% no ano passado. Com isso, derrubou a fatia da safra principal que no ano 2000 era de 84,73%, e passou para 61,71% em 2009.
Segundo José Carlos Cruz, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Milho e Sorgo (Embrapa), esse cenário foi estabelecido em função da valorização de grãos como a soja, que em alguns estados como Goiás, tomou o lugar do milho na safra principal. “O sudoeste goiano que sempre teve uma safrinha forte de sorgo, e apostava no milho na safra principal, planta hoje soja, e na safrinha o milho. Então o agricultor vai nesse balanço do que é mais barato para plantar, e o que dá mais retorno financeiro a colheita”, afirmou Cruz.
Cruz comentou que o Paraná, considerado o maior produtor de milho do País, pode perder a liderança para o estado do Mato Grosso, que já dispõe da maior área e produção na safrinha (2,2 milhões de hectares), ante os 1,3 milhão de hectares do Paraná. A previsão de produção para o estado paranaense em 2011 na safrinha é de 5,8 milhões de toneladas, contra 8,7 milhões do MT. Já em relação à safra principal, o PR deve produzir 7,5 milhões de toneladas, contra apenas 300 mil toneladas do MT. “O Mato Grosso aposta como primeira safra na soja, e somente depois planta o milho. No Paraná a primeira safra de milho a área de cultivo [894 mil hectares] já é menor que a safrinha”, disse ele.
Com a expectativa de se tornar o maior produtor do cereal em quatro anos, Mato Grosso, aposta em auxílios governamentais, e melhoras logísticas para escoar o produto, e baixar os custos de transporte. “O estado pode e será um dos maiores produtores de milho do País. Entretanto o governo precisa nos ajudar a vender o nosso milho. Além disso, se não melhorarmos as condições logísticas, entre o estado e os portos, a situação ficará difícil, pois o Paraná tem um grande porto, e os custos ficam ainda mais baixos para eles”, frisou o diretor da Aprosoja MT, Carlos Favaro.
Contudo Rafael Ribeiro de Lima Filho, analista da Scot Consultoria, acredita de esse aumento da safrinha é uma tendência, principalmente pela queda no custo. “Existe uma tendência de produtores de milho optarem por plantar outras commodities, deixando o milho para a safrinha, para reduzir os custos da cultura principal. Daqui para frente teremos uma safrinha cada vez maior”, garantiu ele. (Fonte: Diário do Comércio & Indústria)

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