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, 17 maio 2024
 
 

Boas práticas de manejo ajudam a obter lucro no confinamento

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As estatísticas preliminares apontam redução da intenção de confinamento este ano. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), o recuo está próximo de 9%, e de acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), no estado a queda deve superar 16%. Com isso, o confinamento total no país deverá ficar entre 2 e 2,5 milhões de cabeças, o que representa algo como 6% do abate total, estimado em mais de 42 milhões de cabeças/ano.
Importante esclarecer que a terminação de bovinos de corte em confinamento é uma decisão essencialmente econômica. Aqui não há espaço para experiências ou amadorismo. Os pecuaristas analisam na ponta do lápis os fatores que impactam fortemente nessa modalidade de produção, entre eles o custo do boi magro; a expectativa do preço de venda do boi gordo; e as despesas com a nutrição dos animais durante os 80 a 120 dias.
Os custos de nutrição mantêm-se em equilíbrio este ano. Não há grandes movimentos de alta por conta da grande competitividade no setor. Além disso, as indústrias apresentam todos os anos novidades tecnológicas que ajudam a melhorar a eficiência produtiva dos bovinos.
Em relação ao boi magro aí sim há grande preocupação dos confinadores, já que o segmento de recria apresentou boa valorização na primeira parte do ano, assim como o negócio de cria (bezerros). A relação entre os preços dos bezerros desmamados e da arroba do boi gordo também diminuiu, acendendo o alerta nos projetos de confinamento.
Da mesma forma, nesse início de entressafra não se visualiza explosão da cotação do boi gordo e isso leva à cautela dos invernistas. É o que se verifica a partir da análise dos números apresentados por Assocon e Acrimat.
De qualquer maneira, o confinamento é uma prática com extremo potencial de sucesso no país. E vem crescendo ano após ano, atraindo novos pecuaristas. Mas o retorno positivo depende incondicionalmente do planejamento. E, para tanto, há alguns itens essenciais, que merecem a atenção dos produtores.
É o caso, por exemplo, da utilização de Boas Práticas de Manejo, o que significa cuidar muito de perto do tripé genética, nutrição e sanidade. Além disso, para lidar com estes pilares faz-se necessário o uso de mão-de-obra qualificada e preparada para lidar com os desafios e tomar as decisões mais acertadas.
Dentre as Boas Práticas de Manejo há pontos críticos que devem ser monitorados e seguidos à risca. São eles: a elaboração de uma dieta adequada aos objetivos propostos e aos insumos disponíveis, o estoque de insumos, a recepção dos animais, a apartação e formação dos lotes, o manejo sanitário adequado; o número de animais por piquete respeitando de 8 a 10 m2/cab.; a adaptação dos animais a dieta; a leitura de cochos para o monitoramento do consumo e ajuste da dieta; a limpeza de cocho para retirada de alimentos fermentados; o horário e a freqüência de trato; a uniformidade do descarregamento da dieta no cocho; a avaliação das sobras e sua homogeneidade no cocho; o consumo de matéria seca; a condição dos piquetes; a limpeza de bebedouros mantendo água de qualidade e à vontade todo tempo; a qualidade da mistura da dieta e o tamanho de partículas ou granulométrica dos insumos utilizados; a condição e o comportamento geral dos animais; a avaliação da presença de distúrbios metabólicos e ruminais; o escore de fezes; e a coleta e o controle de dados.
Complexo? Não para os pecuaristas que encaram profissionalmente a terminação em ciclo curto como uma lucrativa modalidade de negócios. Eles fizeram muitas contas e, apesar de alguns fatores negativos neste ano, encheram seus currais e certamente terão resultado econômico positivo.

(*) Marcelo Carneiro, gerente técnico corporativo da Nutreco Fri-Ribe.

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