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, 12 maio 2024
 
 

Cera no ouvido: o que fazer?

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“Apesar de ser um hábito de muitas pessoas, utilizar cotonete para tirar a cera de ouvido é um erro grave”
“Apesar de ser um hábito de muitas pessoas, utilizar cotonete para tirar a cera de ouvido é um erro grave”

A cera de ouvido é uma secreção produzida por glândulas especiais existentes na parte mais externa do canal auditivo. Em condições normais, ela é um elemento de proteção do ouvido, de forma que recobre a fina e frágil pele do canal auditivo. “Ela protege o canal porque atua como repelente da água que pode, muitas vezes, conter microorganismos e/ou detritos nocivos. Outra função da cera é proteger e reter a poeira e partículas de areia, impedindo que esses elementos provoquem danos ao tímpano”, explica o Dr. Alexandre Cercal, otorrinolaringologista de Curitiba, PR.

O especialista explica que a pouca produção ou a ausência de cera no ouvido resulta, em geral, em uma pele seca com aparecimento de coceira e descamação. Cercal lembra que a cera não é formada na parte mais externa do ouvido, ou seja, quando um paciente está com cera em cima da membrana timpânica, na maioria dos casos é porque ele mesmo a empurrou com cotonetes, grampos ou palitos, para o fundo do canal auditivo, na tentativa de “limpar” o ouvido. “E o maior problema decorrente disso é que a pele do canal e a membrana do tímpano são muito frágeis, podendo ser lesadas facilmente” ressalta.

O ouvido faz uma “autolimpeza”, ou seja, ele não precisa de cotonetes ou demais objetos para ser limpo – porém, existem casos que existe o acúmulo anormal de cera, e, nessas situações, o certo é procurar um especialista, nunca introduzir algum objeto ou tentar alguma solução caseira para limpar o canal auditivo.
Porém, o especialista lembra que existem muitas pessoas que usam tampões de ouvido com frequência ou que passam muito tempo com fones de ouvido – e isso pode aumentar a possibilidade de que a cera não consiga sair sozinha.

Quando ocorre esse acúmulo anormal de cera, formando uma espécie de tampão – que pode até ocasionar uma surdez temporária, – o médico pode fazer uma lavagem, aspiração, ou a utilização de instrumentos especiais para tratar do caso. Às vezes torna-se necessário usar, previamente, gotas especiais, para amolecer, soltar a cera antes das manobras de remoção. “Antes de qualquer coisa, o médico irá se certificar das condições da cera, do canal e da membrana timpânica antes de decidir pelo melhor método de remoção”, explica o especialista.

“O certo é que ninguém deve se sentir sujo se estiver com um pouco de cera nos ouvidos. O cerume cumpre importantes funções fisiológicas e, se não houver razão para removê-la, ela deve ser deixada quieta”, conclui Cercal.

Por Dr. Alexandre Cercal, otorrinolaringologista, Amah Ouvido, Nariz, Garganta e Estética da Face.

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