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Como ter o autocontrole das paixões

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elaine ribeiroQuando falamos em paixão, lembro-me logo de algo instintivo, mais forte, que nos faz atender a impulsos e desejos, que é carnal, é humano e, claro, muitas vezes motiva o início de um relacionamento. Usamos o termo paixão para identificar algo do qual gostamos muito: o time, uma pessoa, uma comida, um hábito.
A palavra paixão, do latim, “passione”, tem como significado sofrimento, sentimento excessivo, um amor, algo intenso. Também significa cólera, grande mágoa, vício dominador, alucinação, sofrimento intenso e prolongado. Lembra-nos o martírio de Cristo e dos santos. Do grego, deriva de “paschein”, que relaciona-se a “padecer”, e também desta palavra deriva-se “pathos” e patologia, ou seja, também indica emoção, sofrimento ou doença.
A paixão, por vezes, pode tomar um caminho, de fato doentio, no qual não mais temos o controle sobre quem somos e o que sentimos. Ter o autocontrole dos nossos sentimentos faz com que possamos amadurecer em nossos relacionamentos e, com isso, compreender que um relacionamento duradouro se faz de pequenos gestos, de renúncias, compreensão, vivência das alegrias, mas também de tristezas.
É importante, também, que possamos perceber aquilo que nos faz perder o controle das emoções: se sou ciumento, possessivo, desconfiado, agressivo, impositivo. O ciúme, por exemplo, é uma arma perigosíssima em um relacionamento. No início de uma relação, é normal que vivamos presos a sentimentos e emoções, mas a paixão é urgente e está muito mais ligada aos nossos prazeres imediatos do que aquilo que é mais duradouro.
Amor verdadeiramente envolve renúncia, aprendizado, superação de adversidades. É muito mais profundo, pois não envolve apenas o que é prazeroso e imediato, mas traduz o que é mais intenso, permanente e que sustentará, a longo prazo, um relacionamento.
Ser maduro na relação a dois envolve ainda a liberdade de escolher e ser responsável pelo que se faz, sair daquilo que é sentimento e sentimentalismo e passar para uma atitude responsável no amor. Neste sentido, é importante que possamos determinar nossa vontade e dominar nossos sentimentos para que as situações da vida possam ser administradas por nós, ou seja, que os altos e baixos que a vida nos apresenta consigam ser superados de forma adequada.
Ora, se o amor é fácil, entendemos que não é amor. Não que amar seja igual a sofrer, mas depende de conquista e manutenção, de cuidados como aquela planta que regamos, adubamos, podamos, damos luz e sombra, protegemos do vento. Quando convivemos com as diferenças, vamos além da paixão; somos capazes de suportar todas as situações específicas que podem nos levar a um desentendimento ou mesmo à tão atual falta de persistência que os namoros e casamentos passam.
Qualquer vento derruba uma árvore frágil que foi plantada em terreno arenoso e mal cuidada, não é mesmo? Ficar apenas rodeado de prazeres e facilidades diz apenas daquilo que é fácil, sem compromisso, aquilo que é “fogo” e que se “desfaz ao primeiro vento forte”. Que possamos educar nossos sentimentos para viver, de fato, um relacionamento que nos leve ao crescimento e a uma vida feliz ao lado de quem escolhemos para partilhar a vida.

(*) Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova – [email protected]

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