O número de mortos do ataque duplo a uma festa curda na sexta-feira no nordeste da Síria subiu para 45, informou neste sábado uma ONG síria que acusa o grupo Estado Islâmico (EI).
E nas províncias de Hama e Homs (centro), pelo menos 82 membros das forças do regime e partidários foram mortos em ataques também realizados na sexta-feira pelo EI, de acordo com um novo balanço do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
“Foi um dos dias mais sangrentos do EI”, afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
Os ataques, perpetrados na véspera do Nowruz, o Ano Novo curdo, na cidade de Hassaka, não foram reivindicados, mas de acordo com Abdel Rahman, “é o EI que está por trás do ataque duplo”.
“Contabilizamos 45 mortos, incluindo cinco crianças, após os atentados de ontem à noite”, disse o diretor do OSDH, que havia evocado 33 mortos na sexta-feira.
“Muitas pessoas em estado crítico não resistiram ao
s ferimentos”, explicou.
Um dos ataques foi cometido por um suicida durante uma festa, enquanto a outra bomba atingiu outro encontrou na cidade, a algumas centenas de metros de distância.
“Os curdos acenderam velas à noite e não há crianças na rua”, disse Abdel Rahman.
“Hoje era para ser um dia que se comemora a liberdade, mas as pessoas têm medo”, acrescentou.
