Uma pesquisa sobre os custos da violência no Brasil foi realizada pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, noticiada na edição de ontem do Jornal A TRIBUNA. No total a violência gerou um custo de R$ 258 bilhões ao País em 2013, correspondente a 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Gastos com saúde e mortes somaram em torno de R$ 192 bilhões. A segurança pública demandou R$ 61,1 bilhões.
O levantamento aponta que os recursos destinados à segurança pública são mal administrados, considerando que houve um incremento de 8,65% em 2013 em relação a 2012. O maior absurdo de todos e que queremos destacar aqui é que o Brasil gasta três vezes mais com os problemas criados em decorrência da ineficiência de segurança do que com a pasta em si.
Um grave problema é que o Brasil gasta demasiadamente nas causas e consequências da violência, com o estabelecimento de políticas equivocadas e ineficientes no setor e, ao mesmo tempo, dando pouca atenção em investimentos para a prevenção da criminalidade. Há uma urgente necessidade em promover uma maior eficiência das políticas em segurança.
Aqui temos de reforçar ainda a necessidade de mudanças na legislação penal brasileira, que hoje incentiva a criminalidade, bem como da ampliação de políticas para afastar a juventude das drogas, com investimentos mais amplos em educação integral, profissionalização, cultura e esportes. Temos de evitar que nossa juventude dê os primeiros passos no mundo das drogas e do crime, pois depois de ingressado o caminho da volta é difícil.
Além dos custos quantitativos, há ainda um tipo de custo que não aparece nas estatísticas e estudos, mas que acaba sendo o maior dano da violência. A dor da perda, o vazio na alma, a tristeza do luto, infelizmente, ficam para sempre entre parentes e amigos que perderam alguém para a violência. São custos onerosos que não podemos mais aceitar em pagá-los! As nossas autoridades e representantes precisam reagir e promover as mudanças necessárias.
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