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Rondonópolis
, 18 abril 2025
 

Academia Rondonopolitana de Letras: Movimento pela digitalização do arquivo do A TRIBUNA

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Por força de lei aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Mauro Mendes, o A TRIBUNA passou a ser considerado Acervo Cultural do Estado de Mato Grosso (Foto – Arquivo)

Decididos a fazer um pouco mais pela cultura e a história da nossa cidade, os escritores Hermélio Silva e Jerry Mill, membros da Academia Rondonopolitana de Letras (ARL), desengavetaram um projeto que já existe há quase uma década, mas que não teve o êxito desejado devido às circunstâncias daquele momento.

“Em 2018, eu redigi e enviei o projeto como pessoa física para a Lei Federal de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet, referente à Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991. Como esperado, ele foi aprovado e uma verba de aproximadamente 500 mil reais poderia ter sido captada na ocasião, mas não conseguimos fazer a captação, apesar dos vários contatos com empresários e empresas”, lembrou o acadêmico Hermélio Silva, que ocupa a Cadeira 6 na ARL.

Recentemente, segundo ele, em conversa informal com o professor e escritor Jerry Mill, confrade que é o atual presidente da entidade, este demonstrou interesse em saber detalhes do projeto, pelo fato de este ser uma das prioridades da sua gestão neste ano e também por ter conversado pessoalmente com o diretor do A TRIBUNA, Samuel Logrado de Souza, sobre o assunto, que se mostrou receptivo à iniciativa.

“Eu pude concluir rapidamente que estava formado o cenário ideal para tornar realidade o nosso desejo em comum: preservar aquele que é considerado pelos nossos especialistas, professores e pesquisadores, o maior acervo da história de Rondonópolis e região, o Jornal A TRIBUNA”, disse Jerry Mill, que ocupa a Cadeira 7 na ARL.

O PASSO A PASSO

De acordo com Hermélio Silva, o processo para a obtenção dos recursos deve seguir alguns trâmites legais que podem ser abreviados se houver a colaboração da classe política, dos empresários e até mesmo da população.

“Além da destinação de emendas municipais, estaduais e federais e das doações espontâneas das pessoas jurídicas, a população também pode participar fazendo as suas doações ou até mesmo ajudando com a indicação de voluntários”, sugeriu ele.

Para o professor e escritor Jerry Mill, esta é a vez e a hora de todos juntarem suas forças por um bem comum.

“Afinal, a digitalização do acervo do A TRIBUNA trará benefícios não apenas para quem mora em Rondonópolis e cidades circunvizinhas, mas principalmente para aqueles que moram em outros estados e países, não podendo fazer suas consultas ou pesquisas presenciais quando precisam. Sem contar que as novas gerações poderão ter o registro histórico da cidade, desde junho de 1970, na ponta dos dedos ou na palma da mão”, ressaltou.

O arquivo do A TRIBUNA tem toda a história de Rondonópolis registrada desde a sua fundação

UMA GRANDE CONQUISTA

Consultado sobre a importância de um projeto como esse para a empresa, Samuel Logrado de Souza, diretor da Sociedade Impressora Souza Ltda., que publica o A TRIBUNA há quase 55 anos, disse que a iniciativa é maravilhosa e que, com essa parceria, a Academia Rondonopolitana de Letras mostra mais uma vez o seu compromisso com a cultura e a história da nossa terra e da nossa gente.

“Na verdade, nós já havíamos pensado nessa possibilidade de tornar o nosso acervo físico em digital lá na década de 1990, mas o seu alto custo e a falta de mão de obra especializada eram empecilhos para a empreitada. Inclusive, chegamos a ter uma conversa com professores da UFMT, na época campus de Rondonópolis, pois eles, tanto professores como alunos, são os que mais usam o nosso arquivo para defesa de teses de doutorados e trabalhos didáticos. No entanto, esse assunto não prosperou, justamente depois que foi criada a UFR – Universidade Federal de Rondonópolis, mas até acredito que nossa Universidade tenha interesse e poderá se tornar parceira nesse projeto. Agora, anos depois, ficamos até mais envaidecidos pelo reconhecimento do valor histórico do nosso acervo por parte de alguns setores da nossa sociedade. No entanto, vale ressaltar que a Academia Rondonopolitana de Letras foi a única instituição que foi além disso, pois ela, através dos seus membros, está disposta a assumir o protagonismo nesse ato que, com certeza, em breve, vai beneficiar dezenas, centenas ou talvez milhares de pessoas diariamente. No fim das contas, esta será uma grande conquista e um grande presente para todos nós, rondonopolitanos de nascimento ou não. Outro ponto importante a salientar é que na verdade o arquivo do A TRIBUNA tem toda a história do município de Rondonópolis registrada, desde a sua fundação como Povoado do Rio Vermelho e depois com a sua emancipação, em 10 de dezembro de 1953, através de inúmeras edições especiais comemorativas”, comentou.

“Ressaltamos ainda que no ano de 2023, através de um projeto do deputado estadual Sebastião Machado Rezende, aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa, e que se tornou lei sancionada pelo governador Mauro Mendes, o A TRIBUNA passou a ser considerado Acervo Cultural do Estado de Mato Grosso, devido a grandeza de fonte de informações que o seu arquivo se tornou para o Estado”, concluiu Samuel Logrado.

 

 

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PRÓXIMO PASSO

Segundo Hermélio Silva, o projeto da ARL em parceria com o A TRIBUNA vai seguir três caminhos: leis de incentivo cultural; emendas parlamentares com fundo municipal, estadual e federal; e apoio da iniciativa privada.

“Se cada uma das partes, acima de tudo, vislumbrar nessa ação uma ótima oportunidade para mostrar o seu compromisso com a preservação e compartilhamento dessa porção da nossa herança e produção cultural, eu acredito que a empreitada não deve demorar para ser concretizada”, complementou Jerry Mill.

A ACADEMIA

Fundada no dia 19 de novembro de 2013, a Academia Rondonopolitana de Letras é uma instituição jurídica de direito privado, sem fins lucrativos e com finalidade exclusivamente literária e cultural, contando atualmente com 15 membros efetivos.

Dentre os seus objetivos principais estão o estímulo do conhecimento e da divulgação da vida e da obra dos seus patronos e dos seus membros, inclusive os já falecidos.

Cabe a ela também promover eventos, atividades e ações que almejam contribuir com a evolução intelectual individual e coletiva da comunidade local. Seu presidente atual foi precedido pelos acadêmicos Paulo Isaac, Cidinha Carvalho, Ailon do Carmo (falecido em 2022) e Pedro Pereira Campos.

 

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