25.7 C
Rondonópolis
, 20 maio 2024
 
 

Suplentes cobram celeridade em ação que cassa chapa

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

Processo que pede a impugnação da chapa de vereadores da coligação PRTB/Rede tramita na 10a Zona Eleitoral, sob os cuidados da juíza Tatyana Lopes de Araújo Borges

Suplentes de vereador Hussein Daud (DEM) e Denilson Sodré, o Dico (PROS), mostram exemplar do A TRIBUNA sobre casos de candidatos que não obtiveram votos no Estado – Foto: Denilson Paredes

Os suplentes de vereador Denilson Sodré, o Dico (PROS), e Hussein Daud (DEM) estão preocupados com a demora da Justiça Eleitoral em tomar uma decisão a respeito de ação proposta pelo Ministério Público que apura o uso de mulheres como ‘candidatas laranjas’ pela Coligação Juntos Faremos a Cidade que Queremos (PRTB/Rede), nas eleições de 2016, o que é proibido por lei e pode resultar na anulação dos votos de toda a chapa, que elegeu dois vereadores em Rondonópolis. A cobrança dos suplentes é por uma decisão célere, já que isso provocaria um recálculo no quociente eleitoral e mudaria a composição atual da Câmara, com os dois assumindo o mandato.
De acordo com Denilson Sodré, que já foi vereador na legislatura passada, entre 2013 e 2016, ele é constantemente cobrado por seus eleitores e, por conta disso, resolveu cobrar publicamente que o caso tenha um desfecho breve. “Eu e o Hussein não fazemos parte do processo, mas como parte interessada, nós resolvemos cobrar que ele caminhe para um fim logo, pois somos cobrados pelas pessoas que votaram na gente. Então, como é um direito nosso, nós resolvemos pedir publicamente que esse processo tenha logo um fim”, disse.
Raciocínio semelhante tem Hussein Daud, que se diz prejudicado pelo uso das “laranjas” e pela morosidade da Justiça em tomar uma decisão. “O meu partido teve que eliminar três candidaturas masculinas por falta de mulheres que saíssem candidatas. Eu perdi por 18 votos. Se tivéssemos mais esses três candidatos, eu teria ganhado a eleição. Então, nós somos prejudicados por essa situação”, afirmou.
De acordo com os dois, o processo que pede a impugnação da chapa de vereadores da coligação PRTB/Rede já tramita na 10a Zona Eleitoral, sob os cuidados da Juíza Tatyana Lopes de Araújo Borges, desde fevereiro de 2017 e corre sob segredo de justiça, o que é outro ponto questionado pelos suplentes. “Nós decidimos deixar tudo por conta do Ministério Público, que fez um excelente trabalho, que ouviu todos, buscou as provas, montou um processo muito bem embasado. Da parte do MP, houve celeridade, mas depois que chegou no Justiça, não está tendo a mesma celeridade. E como já estamos nos aproximando de outra eleição, nós decidimos mostrar a cara, pois somos cidadãos brasileiros e com o direito de sermos votados. Nós não cometemos nenhuma fraude e essas pessoas enganaram a população para se elegerem. Não vejo motivos para essa demora e para isso correr em segredo, já que se trata de interesse público”, completou Dico.
Para embasar o posicionamento, eles citam o caso cuiabano onde já foram cassados quatro vereadores de coligações que também usaram laranjas nas eleições, mas, como estes já estavam diplomados, lhes é permitido recorrer da cassação no exercício do mandato. No caso de Rondonópolis, os vereadores tiveram os processos iniciados antes da sua diplomação, eles teriam que recorrer fora do mandato. Nessa situação, os dois suplentes seriam imediatamente empossados. “Não temos nada contra as pessoas deles, não queremos prejudicar ninguém, mas nós queremos nossos direitos sim, tudo o que nós queremos é que se cumpra o que está na lei”, concluiu Hussein.
Na eleição de 2016, Dico obteve 1503 votos, enquanto Hussein teve 936. A Coligação Juntos Faremos a Cidade que Queremos elegeu os vereadores Moacir José da Silva, o Bilú do Depósito de Areia, que teve 954 votos, e Ronaldo Cicero Cardoso, o Roni Cardoso, que teve 971 votos. As candidatas acusadas pelo MP de terem sido laranjas dos seus partidos são Dinise Frichs e Edna Magali Ferreira, ambas com zero votos no pleito.
No Estado, a Justiça Eleitoral apurou que 249 candidaturas femininas não tiveram um único voto. Em função dessa situação, foram cassados os vereadores cuiabanos Abilio Júnior e Sargento Joelson (ambos do PSC), além de Marcrean dos Santos (PRTB) e Elizeu Nascimento (PSDC). Em nível nacional, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 16.131 candidatos que disputaram a eleição de 2016 não obtiveram nenhum voto. Desse total, 14.417 eram mulheres.
A reportagem do Jornal A TRIBUNA tentou falar com a juíza Tatyana Lopes de Araújo Borges, mas não conseguiu contato até o fechamento dessa edição.

- PUBLICIDADE -spot_img

2 COMENTÁRIOS

  1. Esperamos uma resposta!Não podemos deixar de acreditar na justiça!!Se pessoas com mais votos não conseguiram assumir por causa da legenda,esperamos que ela seja transparente!!!Até que ponto esse negócio de legenda é correto?Será que legenda é uma forma de democracia?!Tenho certeza que a juiza verá tudo isso,está tudo muito claro!!Vamos acompanhar,queremos apenas a verdade!!!

  2. A Justiça tem que se posicionar e para fazer cumprir a Lei e coibir com essas “maracutaias eleitorais”, se não as mulheres vão continuar sendo apenas “laranjas” diante de um judiciário omisso ao cumprimento das Leis Eleitorais e o povo sem vale sua expressão no voto. Mas ainda confio no Judiciário… Muda BRASIL…

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Prazo de renegociação do Desenrola Brasil acaba nesta segunda

Os devedores de até R$ 20 mil que ganhem até dois salários mínimos ou sejam inscritos no Cadastro Único...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img