Se a relação entre o prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB) e o PSDB corre o risco de azedar em razão da possibilidade da sigla lançar candidato próprio nas eleições de 2012, no caso o ex-governador Rogério Salles, tudo indica que pode ficar ainda pior, pela forma que o prefeito tem tratado a vice-prefeita Marília Salles (PSDB). Pátio, pelo que se pode deduzir de suas decisões, não está fazendo força para reverter a possibilidade de rompimento com os tucanos.
Um exemplo foi dado no decreto assinado pelo prefeito no dia 25 de abril, quando ele praticamente ignorou a vice-prefeita Marília Salles. O motivo é que o prefeito assinou um decreto dando amplos poderes ao secretário de Administração Gerson Araújo durante os dias em que esteve em viagem oficial a Cuiabá – de segunda-feira até ontem. No decreto, o peemedebista dá a Araújo poderes para “assinar documentos necessários para o bom funcionamento da administração pública” e não menciona a possibilidade de abrir espaço para a vice-prefeita, por exemplo, assumir o comando do município nestes dias.
O presidente do PSDB e procurador do município, Efraim Alves, ouvido pela reportagem, externou que do ponto de vista legal a atitude do prefeito não está equivocada. “A Lei Orgânica garante isso”, disse.
Por outro lado, o procurador reconhece que essa seria uma chance de dar oportunidade à vice-prefeita. Alves, no entanto, prefere não polemizar quando o assunto e a relação do prefeito com o PSDB em torno da vice-prefeita. “Isso não muda nada, pois quem decide essa situação da vice é o prefeito, cabe a ele e não a nós”.
Apesar de colocar panos quentes, há dentro do PSDB um grupo que defende o rompimento com Pátio em razão até mesmo do projeto próprio do partido para as eleições de 2012. Esse grupo vê como prejudicial para a campanha de Salles o fato do PSDB permanecer no governo municipal.
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