O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) do campus de Rondonópolis da UFMT, Kleiton Teixeira, vai procurar os vereadores para apresentar as propostas dos estudantes com relação ao projeto do passe-livre. Ele antecipou que anteontem conversou com o vereador Mohamed Zaher (PR) e ontem esteve com Reginaldo dos Santos (PPS).
O presidente do DCE defende algumas mudanças no projeto para atender ao ensejo dos estudantes. Ele citou, como exemplo, o fato da limitação de renda. O projeto original prevê que somente receberão o passe-livre estudantes com a renda familiar média com índice de 0,7 do salário mínimo. “Essa é uma questão que tem que ser revista. Vou dar como exemplo aquele aluno que trabalha para pagar a faculdade. Esse estudante pode ter uma renda bruta maior do que reza o projeto, mas não poderia ser privado de ter o direito ao passe-livre”.
Kleiton Teixeira cita outra questão que preocupa os estudantes, que é a limitação de distância. O projeto do Executivo prevê que vai destinar o passe-livre para estudantes que moram até 2,4 mil metros do local onde estudam. O DCE defende que a distância seja menor, no caso 1,5 mil metros. O presidente do DCE ainda destacou que o número de créditos diários para o estudantes deve ser revisto, além da limitação de horário. “Tem estudante que precisa ir mais vezes à universidade, como o caso dos que fazem cursos integral ou até mesmo as atividades como os estágios que ocorrem fora do horário de aula”, disse.
O estudante também defende a liberação dos sábados para o passe-livre. “Existem instituições que têm aulas aos sábados também e isso deve ser lembrado”, afirmou.
Concordo com as falas de Kleiton. O número limitado de créditos diários e com horário marcado é incompatível com as atividades dos estudantes, principalmente os que estudam em período integral com horários flexíveis nos três períodos e incluem aulas aos sábados e atividades extra classe obrigatórias como estágio curricular.