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Rondonópolis
, 19 maio 2024
 
 

Roubo a residências com famílias dentro do imóvel se torna desafio para PM

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Major Lauro Márcio Osório da Silva, subcomandante do 5o Batalhão da PM: “Esse é dos roubos que mais causa transtorno e traumas, pois é o roubo que ocorre dentro do domicílio, quando você está chegando ou saindo do seu lar” – Foto: Denilson Paredes

Uma das modalidades de roubo mais frequentes nos dias atuais na cidade de Rondonópolis é o roubo de residências com as famílias dentro das propriedades e que deixam traumas e sequelas no psicológico dessas pessoas para sempre. A Polícia Militar (PM) considera a modalidade criminosa difícil de ser combatida e vê na prevenção por parte dos cidadãos a forma mais eficaz de evitar os crimes.
De acordo com o major Lauro Márcio Osório da Silva, subcomandante do 5o Batalhão da PM, sediado em Rondonópolis, o roubo a residência, principalmente o que vem acompanhado com o cárcere privado das vítimas, é dos crimes que mais traumatiza as vítimas. “Esse é dos roubos que mais causa transtorno e traumas, pois é o roubo que ocorre dentro do domicílio, quando você está chegando ou saindo do seu lar e chega um infrator e atenta contra a sua família, contra o seu bem. Para nós, é considerado de maior trauma psicológico”, informou o oficial.
Ele esclarece que a invasão das residências por bandidos, normalmente com os moradores dentro das mesmas, quando são submetidos a todo tipo de violência física e psicológica, se deve muito ao fato de as residências, principalmente das pessoas mais abastadas, estarem mais seguras, algumas travestidas de verdadeiras fortalezas. Aí, como esse bandido tem dificuldades para romper com essa segurança, ele espera por um momento oportuno, de descuido da vítima, em que consegue entrar pelo próprio portão de entrada dessas casas.
Ainda de acordo com o major, cerca de 80% dos roubos a residência são de oportunidade, ou seja: os bandidos saem rodando aleatoriamente em busca de uma oportunidade, no caso, um portão de residência aberto, no momento em que algum morador ou moradora entra ou sai de casa. “Isso ocorre muito porque esse cidadão não toma algumas cautelas, como observar se tem alguém estranho próximo da sua residência, se tem algum veículo chegando próximo. A gente repete sempre que esses crimes ocorrem em um momento de distração do morador”, afirmou.
Esse fator aleatório, de acordo com o major Osório, acaba por ser um dificultador para a ação preventiva da PM, já que não há como prever quando e onde os criminosos vão agir. “Um outro inimigo do cidadão é ele mesmo achar que o crime nunca vai acontecer com ele. Tem gente que acha que pode acontecer com um vizinho, com qualquer um, e acaba não tomando as medidas preventivas e, por fim, se vê vítimas dos criminosos”, emendou.
Ainda de acordo com o major da PM, a simples precaução pode evitar o crime. “O infrator trabalha no momento. Ele procura o momento vantajoso. Se ele não acha facilidade, ele não comete o crime. Ele não vai pular um portão, arrebentar uma cerca. Ele vai esperar esse portão ser aberto, pois aí ele vai ter toda a oportunidade que ele precisa para praticar o roubo”.
Sobre o fato de manter os moradores e ocupantes da residência em cárcere privado, o oficial diz que na maioria dos casos não ocorre o sequestro, apenas o roubo. “Quando o ladrão, ou os ladrões, adentram uma residência, eles colocam todos os moradores dali num cômodo e deixam eles ali até eles fazerem todo o roubo e ir embora. Esse pessoal fica ali, mas não é refém. É vítima de roubo qualificado somente. A tomada de refém ocorre no momento em que se instaura uma crise, normalmente o momento que a PM chega ao local e os bandidos estão fugindo do local do crime. Aí o bandido retorna e toma um morador como escudo. Aí existe o refém”, esclareceu. Em caso de se caracterizar a tomada de reféns, se instaura o procedimento de crise, com o isolamento do local e abertura das negociações com os sequestradores.
Apesar de toda a ação preventiva da PM, com rondas e bloqueios constantes, a grande dica que o subcomandante dá é que o cidadão e a cidadã tenha atenção na hora de entrar e sair de casa. “Só com essa atenção já dá para reduzir e evitar mais de 90% dos roubos. Se ele não achar a oportunidade ideal para cometer o roubo, ele desiste do crime e pode até voltar para casa sem cometer nenhum crime”, comentou.
No caso das vítimas de roubo que ficam trancadas em algum cômodo da própria casa ou que são feitas reféns, a PM tem um procedimento diferenciado, devido ao nível de stress a que essas pessoas foram submetidas. É a chamada visita solidária, que é feita no outro dia após o crime, quando a pessoa já está mais tranquila, e lhe é mostrado um álbum com as fotos de todas as pessoas que já foram presas cometendo crimes parecidos e aí pedimos para ela tentar reconhecer esses criminosos.
Segundo o major, os roubos a residência acontecem principalmente em alguns horários de pico, que são pela manhã, entre 6 e 8 horas, quando as pessoas estão saindo para o trabalho ou estudo, no final da tarde, ente 17 e as 19 horas, e por volta de 23 horas, quando muitas pessoas retornam da faculdade. “Se enxergar algo estranho, procure dar uma volta na quadra e ver se as pessoas estranhas foram embora. Se não forem, na dúvida, não tenha receio de acionar a PM. Nós estamos aqui é para isso mesmo. Quem pode evitar o crime é o cidadão ao tomar esses cuidados. O que nós podemos fazer é intensificar as rondas nesses períodos, nos locais mais críticos como forma de prevenir esses crimes”, concluiu.

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1 COMENTÁRIO

  1. Está faltando no Brasil policiais da extirpe do Cel. Adib, que impunha respeito e terror frente aos marginais. Graças a Deus na década de 70 ele limpou Dourados/MS

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