A direção da Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa (Mata Grande), em Rondonópolis, informou que abriu uma sindicância interna para apurar a fuga de quatro detentos. O diretor do presídio, Ailton Ferreira, ainda disse que duas equipes estão mobilizadas para tentar recapturar os foragidos. Os detentos estavam no anexo do presídio e fugiram anteontem durante a madrugada, após serrarem a grade da cela que ocupavam e pularem o muro.
Um deles se machucou antes de conseguir deixar à penitenciária e foi recapturado na manhã de segunda-feira (2). O preso recapturado, Ismael Lima Ribeiro Junior (18), fraturou a perna ao tentar pular de uma altura de aproximadamente quatro metros e acabou se escondendo em um banheiro, durante a varredura, ele foi localizado e encaminhado ao hospital. Ele está preso sob suspeita de participação na morte de Nelson Xavier de Oliveira (47), assassinado durante uma tentativa de assalto em julho deste ano, no Parque São Jorge.
Já na tarde ontem (3), outro foragido, Rogério Soares (27), foi recapturado pelo setor de Inteligência da Penitenciária, no Anel Viário, nas proximidades do bairro Dinalva Muniz.
De acordo com a direção, ligações feitas ao disque-denúncia relataram que um homem estava na região pedindo comida. Ele foi reconhecido por alguns sitiantes que acionaram a Polícia Militar (PM), pelo 190.
Os detentos Leonardo Ferreira da Silva (25) e Missiel Ribeiro Feitosa (20) continuam foragidos. Dos quatro, três são presos provisórios e um já foi condenado pela Justiça de Mato Grosso. Os detentos que ainda não foram recapturados são de Cuiabá e Alto Taquari.
A mais recente fuga na Mata Grande foi registrada no dia 14 de agosto. Na ocasião, sete detentos de alta periculosidade fugiram do local após serrarem a grade da cela em que estavam e pularem o muro com o auxílio de uma corda artesanal (“maria tereza”). Dois foram recapturados nas imediações da penitenciária e um terceiro, escondido em uma residência em Primavera do Leste.
Já no dia 4 de setembro, uma tentativa de fuga foi evitada pelo Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e o Setor de Operações Especiais (SOE). Sete detentos que respondem por crimes como homicídio e latrocínio também serraram as grades, mas foram abordados antes de conseguir chegar ao muro da penitenciária.
