O atendimento do 190 da Polícia Militar no Centro de Controle, Comunicação e Inteligência (C3i) vem deixando a desejar em Rondonópolis devido a qualidade do serviço prestado. A reclamação parte de setores da sociedade e é também uma das queixas dos Conselhos Comunitários de Segurança Pública (Consegs). Atualmente, problemas de comunicação com a PM, via C3i, impede contato em tempo hábil com a Polícia Militar em casos de alguma ocorrência que requer a presença da polícia.
“Este atendimento do 190, por meio do C3i, está péssimo, prejudicando a população e, além de tudo, causando a sensação de insegurança pública, porque a sociedade tenta acionar a PM, mas não consegue. Na sexta-feira (22), uma senhora visualizou o momento em que os bandidos tentavam roubar um veículo e, na tentativa de evitar o crime, acionou a PM, mas não conseguiu atendimento rápido junto ao C3I e a polícia chegou quase uma hora depois do ocorrido”, relata Marcelo Duarte, membro do Conseg da área central.
De acordo com o representante do Conselho de Segurança, será enviado à Secretaria Estadual de Segurança Pública um documento cobrando melhorias do serviço. “Essa falta de comunicação com a PM só agrava a questão da segurança pública em Rondonópolis. Antes do C3i, nós tínhamos uma política da PM para o atendimento do 190 até, no máximo, no terceiro toque e, mesmo assim ainda apresentava problema. Mas agora a coisa piorou”, ressaltou Marcelo Duarte.
Anteontem, durante a troca de comando do 4º Comando Regional Sul da Polícia Militar, o coronel Márcio Thadeu da Silva Firme, disse que ainda não conhecia em Rondonópolis a dificuldade de atendimento do telefone 190, porém, informou que em outros municípios já viveu problema igual ou semelhantes causado por questões técnicas.
“Mas, aqui na cidade, vamos procurar uma maneira de melhorar esse atendimento, se não foi por meio do 190, vamos buscar números alternativos para resolver isso e proporcionar à população o atendimento rápido de suas chamadas. O policial tem um entendimento e conhecimento de que ele tem que prestar um serviço de qualidade para a comunidade”, ressaltou o novo comandante.
FALTA DE ESTRUTURA
Conforme Marcelo Duarte, além das falhas no sistema de atendimento, o C3i padece com a falta de mais servidores e mobiliários. “Os atendentes tem à disposição cadeiras sem condições de uso para o trabalho árduo de 12 horas sentados. Faltam, principalmente, cadeiras e mobiliário adequando para a função. Essa demanda também iremos cobrar do estado”, avisou.
