A Polícia Militar, em conjunto com a Polícia Judiciária Civil, solucionou o caso da morte do sargento da PM Aelson Alves de Souza, ocorrida no último dia 15 de novembro, no bairro Jardim Buriti. Três jovens, segundo a polícia, estão envolvidos no bárbaro crime e os fatos relativos ao homicídio e à prisão foram apresentados pelo comando da PM na sede do 5º BPM, em coletiva de imprensa realizada no final da tarde de ontem.
De acordo com o tenente coronel Joselito Espirito Santo de Paula, comandante do 5º BPM, o setor de Inteligência da corporação já trabalhava com a possibilidade do envolvimento de Felipe Marques de Almeida, de 20 anos, e do menor F.D.R.P., de 17 anos, no crime que chocou a cidade e, na última quinta-feira, 8, foram informados da prisão da dupla pela Polícia Civil do município de Itiquira pelo crime de tráfico de drogas.
Uma equipe de policiais militares e civis foi enviada à cidade vizinha e, ao serem interrogados pelos mesmos, os dois, conforme repassado pela PM, confessaram o crime, informando aos policiais que haveria uma terceira pessoa envolvida no caso, que imediatamente foi detida pela PM em Rondonópolis.
No momento em que os policiais foram até a casa do suspeito Katriel de Lima Ribeiro, 19 anos, apontado pela dupla presa em Itiquira como o terceiro envolvido no crime, os policiais encontraram um revólver calibre 32 sem munições.
COMO ACONTECEU O CRIME
Já em depoimento, de acordo com o que foi repassado pela PM, Katriel contou mais detalhes sobre o crime, confessando aos policiais que a dupla Felipe Marques de Almeida e o menor F.D.R.P. estariam em sua residência no momento em que saíram para praticar o crime, que segundo ele não foi premeditado ou planejado.
De acordo com ele, a dupla teria saído de sua casa em uma motocicleta, tendo o menor como piloto e Felipe como passageiro, mas a intenção dos dois era cometer um roubo a um veículo mas, ao avistarem o sargento da PM fardado, o menor teria instigado o passageiro a atirar no policial. “Você tem coragem de atirar?”, teria dito o menor, ao que Felipe respondeu dando vários tiros no policial, que resultou em sua morte no local.
Em seguida, eles teriam retornado à residência de Katriel, nesse momento já apavorados, cientes da gravidade do crime que haviam praticado. “Fiz uma c…, matei um policial”, teria dito Felipe a Kastriel.
Felipe e o menor fugiram no mesmo dia para o município de Itiquira, onde acabaram sendo presos por tráfico ilícito de drogas na última quinta.
Eles foram transferidos para Rondonópolis e responderão pelos crimes de homicídio doloso, no caso de Felipe Marques de Almeida e do menor F.D.R.P., além de tráfico de drogas. Já no caso de Katriel de Lima Ribeiro, ele responderá pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e participação no homicídio.
Felipe já possui várias passagens pela polícia pelos crimes de roubo, tendo sido ferido inclusive em um roubo a um mercado no bairro Jardim Adriana, que lhe deixou com uma perna defeituosa. O menor F.D.R.P. também já possui passagens por roubo e a exceção é o suspeito Katriel, que não havia sido preso anteriormente.
Para comandante da PM, solução do homicídio prova que crime não compensa
Denilson Paredes
Especial para o A TRIBUNA
Para o tenente coronel Joselito, comandante do 5º BPM, as polícias agiram de forma exemplar na condução das investigações e a solução do crime comprova que a união dos esforços dos órgãos de segurança sempre dá resultados.
“Desde que o crime aconteceu, as polícias civil e militar não descansaram um minuto sequer, com o intuito de entregar para a sociedade esses criminosos. Isso (solução do crime) é importante por que conseguimos dizer claramente para todos que o crime não compensa e que o criminoso pode até cometer o crime, mas ele vai ser preso e vai pagar pelo seu crime. É importante que a sociedade tenha isso claro e eu acho que essa é a mensagem que se pode tirar desse caso”, disse.
“Essa foi uma ação exemplar e exitosa, que demonstra a importância de as polícias trabalharem em conjunto e demais órgãos ligados a questão da segurança, como o Judiciário. Tenho certeza que dormiremos com a sensação de estarmos mais seguros e com convicção de que realmente o crime não compensa”, concluiu o comandante.