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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Corpo de professor será sepultado hoje em Cuiabá

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O corpo do professor de Matemática Luiz Pereira da Silva, 46 anos, que lecionava nas escolas Domingos Aparecido Santos [Conjunto São José] e Adolfo Augusto de Moraes [Vila Aurora], será sepultado hoje (18), em Cuiabá. Ele morreu no domingo (16), por volta das 16h30, após colidir a moto que pilotava em um poste da rede de energia elétrica, na Rua José Barriga.

De acordo com Pedro Valuz Ribeiro, diretor da Escola Domingos, o corpo do professor foi velado na quadra de esportes da escola durante a manhã de ontem, quando foi trasladado para Cuiabá onde moram os pais e irmãos.

Segundo a polícia, no dia do acidente, o professor descia a Rua José Barriga, no sentido centro para o bairro, quando teria perdido o controle da motocicleta e colidido com o poste. Devido ao impacto, ele faleceu no local do acidente. A motocicleta pilotada foi parar a 20 metros do corpo. O IML informou que o professor morreu de politraumatismo, ou seja, várias fraturas pelo corpo.

As causas do acidente estão sendo investigadas pela polícia. Corriam rumores, durante o velório, de que uma linha com cerol teria atingido o pescoço do professor e, em razão disso, ele teria perdido o controle da moto. A informação, no entanto, não consta no Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar.

Colegas lamentam a morte de professor

Edileusa Pena
Especial para o A TRIBUNA

Luiz Pereira da Silva era matemático por profissão e por paixão ao ofício de ser professor. Foi aprovado em dois concursos da rede pública estadual de ensino. Há cerca de 12 anos lecionava na rede estadual. Foi aprovado no concurso efetivo, primeiro para a Escola Domingos Aparecido dos Santos e, logo depois, também aprovado no concurso da Escola Adolfo Augusto de Moraes.

O velório aconteceu durante toda a noite de domingo e manhã de ontem, no ginásio de esportes da Escola Domingos. Além de familiares: esposa, filhos e irmãos, a comoção era geral por parte de seus alunos, colegas de profissão, dirigentes e setores administrativos das escolas em que lecionava. Também não faltaram colegas de faculdade, representantes da UFMT e do Departamento de Matemática desta mesma instituição.

Para o diretor da Escola Domingos, Pedro Valuz Ribeiro, Luizão amava ensinar, jogar bola com seus alunos. “Sempre disposto. Até nos domingos você o encontrava na escola jogando bola, fazendo teatro ou planejando alguma atividade com seus alunos”, externou. “Professor é movimento, não tem como não se envolver e ele tinha essa vontade de fazer a diferença”, acrescentou

Márcia Moraes e Videira, amiga e colega de faculdade de Luiz Pereira da Silva, emocionada, resumiu o amigo apenas com uma frase: “Luizão era da luta…”. No que concordou João Eudes, representante do Sintep em Rondonópolis. “Além de todas suas qualidades como ser humano participativo, militante, ele queria muito mostrar para os alunos e os jovens, de forma geral, que ele tinha valor, mas, que lutou para conquistar seu espaço na sociedade e que cada um deles também poderia ou poderá fazer a diferença e buscar um mundo melhor, mais justo, mais solidário, no qual as diferenças não sejam tão disformes”.

Luiz Pereira da Silva trabalhou por muitos anos nos Correios de Rondonópolis, como carteiro, andando de bicicleta por toda cidade, tanto no trabalho de carteiro como para ir de sua casa à UFMT, atravessando quase toda cidade porque queria ter uma profissão, uma formação acadêmica, fazer a diferença como marido, pai, filho, irmão, professor e, principalmente como cidadão.

Trabalhava na Pastoral da Igreja, sendo um dos ministros da eucaristia e, também, na igreja cuidava dos jovens e ajudava a organizar eventos culturais e religiosos.
Torcedor do Corinthians, ainda em vida, teria pedido ao amigo Domício que fosse cantado o hino do Corinthians no dia do seu velório. “O que ninguém sabia era que já estava tão perto desse dia chegar”, disse, emocionado, Domício. E, o ginásio lotado, sob forte comoção, cantou o hino do time do coração do professor Luizão.

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