Após mutirão feito pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde na Penitenciária da Mata Grande, a pedido da Justiça, nos dias 17 e 27 deste mês, foram detectados 30 casos suspeitos de tuberculose entre os reeducandos e 1 em um visitante. Segundo a secretária municipal de Saúde, Marildes Ferreira, a ação foi realizada em função de que no sistema prisional de Mato Grosso foram registrados mais de 200 casos de tuberculose em reeducandos e 12 em profissionais de Saúde que atuam nesse setor.
“Como há transferência de presos de Cuiabá para cá, existe a possibilidade de contaminação dos reeducandos da Mata Grande, dos visitantes e familiares, além dos profissionais de Saúde que atendem a essa população carcerária”, alertou a secretária.
Os casos suspeitos de tuberculose detectados na Mata Grande, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, estão passando por exame de baciloscopia.
No último dia 10, o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) Luiz Antonio Pôssas de Carvalho negou a existência de uma epidemia de tuberculose nas unidades prisionais do Estado, porém, confirmou 96 casos somente na Penitenciaria Central do Estado (PCE), notificados ao Ministério da Saúde, o que, segundo ele, não configuraria uma epidemia. Em todo o Estado, são 193 casos.
Em Rondonópolis, a juíza da 4ª Vara Criminal de Rondonópolis, Renata do Carmo Evaristo Parreira, determinou, no início deste mês, que o diretor da Mata Grande teria que promover o isolamento dos infectados com tuberculose – na época eram apontados 5 casos -; que seria feito um pedido à Secretaria de Estado de Direitos Humanos para que não transfira presos sem laudo médico; e, para que se proceda um mutirão de exames em funcionários, reeducandos e familiares de infectados com a tuberculose.