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Protesto contra o CAPS AD 3?

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Rodrigo Brito - 12-05-15

Um grupo de moradores dos bairros Novo Horizonte e Moradas de Parati protestaram, no dia 30 de abril, contra a construção do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD 3). Numa recente reportagem publicada no jornal A TRIBUNA, os moradores afirmaram não serem contra o CAPS AD III na cidade, no entanto, são contra a construção ao lado de instituições de Educação Infantil e de Ensino Fundamental.
Em Rondonópolis, há outros CAPS, entre eles o CAPS AD II, ao lado da praça da Saudade, numa região da cidade com diversas residências e comércios. As pessoas que moram ou trafegam por ali não sofrem nenhum risco ou prejuízo por causa dos usuários atendidos pela instituição.
É necessário, também, lembrarmos que pouco é falado nas mídias sobre a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e esse desconhecimento pode ter levado a esse ato. O RAPS integra o Sistema Único de Saúde (SUS), cuja operacionalização faz parte da Política Nacional de Saúde Mental, presente desde a Atenção Básica da saúde aos leitos em Hospitais Gerais. O CAPS faz parte dessa rede e é uma instituição que atende as pessoas que fazem uso problemático de substâncias psicoativas com a proposta da Redução de danos, visando a sua reinserção social e a ampliação dos direitos de cada usuário do sistema de saúde.
O protesto contra a construção de um CAPS está na contramão de diversas manifestações que exigem melhorias nas políticas de saúde pública. Estigmatizar os usuários dos CAPS e apontá-los como possíveis criminosos, como os moradores desses dois bairros fizeram, é de extrema intolerância e viola o direito ao respeito do cidadão.
Vale acrescentar de que a maioria das pessoas que recebe o cuidado e atenção dos serviços do CAPS não possui o histórico de crimes, são apenas pessoas que fazem uso de substâncias, sendo estas muitas vezes legalizadas pela sociedade, como é o caso do álcool que, inclusive, os seus usuários constituem a maior demanda da instituição.
Tal manifestação é apenas um sinal de que a população não conhece o serviço multiprofissional dos trabalhadores de saúde mental; pois o poder público pouco faz para a população conhecer essas atividades. Nesse sentido, vemos vereadores a apoiar o protesto. Ao invés de contribuir com a desinformação dos moradores, esses representantes da Câmara poderiam informá-los sobre os benefícios e avanços que o CAPS irá trazer tanto para o bairro quanto para toda a cidade de Rondonópolis, ou ao menos convidá-los a conhecer os serviços que essa instituição oferece à cidade.
Resumindo, é importante que os moradores apoiem os avanços nas políticas de saúde pública que Rondonópolis recebe. De preferência, sem medos ou preconceitos, pois a implantação de CAPS não oferece risco à população; pelo contrário, o que coloca a sociedade em risco é não oferecer atendimento às pessoas que fazem uso problemático de álcool e outras drogas.

(*) Rodrigo Brito, acadêmico do Mestrado em Estudos de Linguagem (UFMT) e autor de “Solstício ao Luar”

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  1. Então Rodrigo, vc esqueceu de mencionar nas suas palavras poéticas, que os moradores, lutam por uma área de lazer e esportes nesta única área verde do bairro, há anos, existe sim a insegurança, porque nós os moradores pesquisamos e encontramos casos e indícios de violência, nos arredores dos CAPS, TODOS os outros bairros recusaram esta Obra e porque só nós os moradores dos Bairros belo Horizonte e parati, estão sendo taxados de preconceituosos ?? ai sim esta havendo uma discriminação em relação a nós, eu acredito é na PREVENÇÃO, não seria melhor investir, em educação, lazer, esportes, para que nossas crianças não entrem no mundo das Drogas ? O que vcs não sabem é que existem interesses financeiros e políticos atrás dessa Obra. Não temos nenhuma posição Da prefeitura sobre a nossa àrea de lazer e esportes, enquanto não tivermos esta resposta não aceitaremos esta obra neste local, e estamos no nosso direito de reivindicar, manisfestar e protestar, pagamos impostos como qualquer outro cidadão!

  2. É isso mesmo, Rodrigo. Obrigada pelas palavras. É preciso conhecimento e os moradores desta região já estão sendo informados sobre todas as questões que envolvem o CAPS.

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