As mães não param nem no seu dia, imagina nos demais. Domingo foi o dia de elas comemorarem, mas a fila anda, as necessidades se mantêm e a energia precisa ser aproveitada com eficácia.
Poucas coisas me deixam profissionalmente mais animado que tratar de empreendedorismo. E nesse quesito, um dos principais desafios das mães é conciliar trabalho e família, principalmente os filhos. Desde a inserção da mulher no mercado de trabalho há algumas décadas, e diante desse dilema família-trabalho, uma das opções que as mães têm escolhido com frequência é o negócio próprio.
Se existe vocação adicional para empreender é outra questão a ser discutida, mas é perceptível que muitas mulheres encontram na maternidade aquele estímulo que faltava para abrir sua empresa.
Não porque ser mãe tem algo de mágico no sentido dos negócios, mas ficar perto dos filhos e não depender de outra pessoa para sustentar os rebentos influencia decisivamente para aumentar o estimulo. O trabalhar fora de casa, com pouca flexibilidade de horários e muitas vezes ainda longe do lar, também contribuem.
Em relação ao foco de negócios um aspecto importante diferenciam homens e mulheres: o de que os homens são mais movidos pela inovação enquanto as mulheres são mais movidas por paixão. Isso pode, por exemplo, emprestar mais tenacidade diante de dificuldades próprias oriundas da maternidade.
De outro lado, as mães necessitam ainda dividir o seu tempo em diferentes tarefas, muitas delas domésticas, além daquelas relacionadas aos filhos, tais como escola, alimentação e saúde. Fato que nem todas possuem cônjuges efetivamente envolvidos.
Dito de outro modo, não sobra tempo para nada que não seja supérfluo, o que pode ser um excelente problema, dado que vai influenciar decisivamente na necessária agilidade das decisões, tornando o empreendedorismo e a sua gestão ainda mais prática. Sem firulas. Algo muito bom para os negócios.
E não faltam oportunidades para aquelas com espírito para isso, assim como criatividade e dedicação para enfrentar os desafios de empreender. Contudo, assim como qualquer empreendedor, as mães necessitam se preparar adequadamente e não aventurar simplesmente.
Existem aquelas oportunidades, por exemplo, que são praticamente exclusivas das mães. Encaixam-se na experiência e no enfrentamento das dificuldades da lida com os filhos. Há sites que se dedicam a atender exatamente este público, mas não é difícil de imaginar alguns negócios que uma mãe empreendedora teria facilidade para operar.
Cito algumas simples e interessantes que pesquisei: estúdio de fotografias para bebês, lojas on line ou virtuais (a variedade de oportunidades é enorme), aulas particulares, agência de babás, consultoria para mães de primeira viagem, empresa de limpeza, decoração, conservação e paisagismo, decoração de festas infantis, loja de artesanato (tricô, bordado e marcenaria), negócios relacionados à beleza (a variedade é grande), loja ou revenda de cosméticos, SPA para gestantes, loja de roupas para bebês, até venda de fraldas.
Se você é mãe ou vai ser, dê uma oportunidade a si mesmo e pesquise um pouco. Na internet principalmente. Vai se surpreender com a quantidade de oportunidades e ferramentas disponíveis para você galgar novos horizontes.
A área de serviços, por exemplo, é uma das que mais oportunidades apresenta e ainda há grande espaço para avançar, principalmente pelo baixo investimento inicial que requer. Somos um país jovem onde a economia permanece relativamente fechada, mas em franca abertura o que denota aumento diário na capilaridade dessas necessidades.
Mas mãe! Não se esqueça que, independente da área de negócio que vá escolher ou do tipo (físico ou virtual), é necessário se capacitar antes de entrar no mercado. Deve se munir principalmente de conhecimento, tanto de gestão como no uso de ferramentas, para enfrentar os desafios do negócio próprio.
Boa semana e até a próxima.
(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor, workshopper e palestrante – –[email protected]
