As chuvas sempre foram uma constante no período de verão em nossa região que faz parte do Centro-Oeste Brasileiro. Lamentável que o poder público em Rondonópolis, mais precisamente a Coder e os senhores vereadores, não tenham visto, nos últimos anos, que o matagal e os bueiros estão entupidos com entulhos na vala, ao longo da rodovia MT-270, represa as águas da chuva que descem ao longo dessa rodovia, desde as proximidades do Jardim Atlântico, passando defronte aos bairros Colina Verde, Nova Colina, Residencial Mariela, Jardim Mato Grosso, com término junto a Avenida Lions Internacional, para posterior desaguar no Rio Vermelho. A rodovia se torna um rio com extrema velocidade.
Toda vez que chove, um mar de água, lama, paus e pedras desce livremente pela rodovia, uma vez que pela vala, devido ao matagal e o bloqueio dessas águas junto aos diversos bueiros, vai transbordando, tomando conta da rodovia em grande volume, cujos carros não conseguem trafegar, criando verdadeiro caos, além de adentrar pelos bairros e atingir violentamente o Residencial Terra Nova, como se fosse um verdadeiro rio de águas bravias.
Nos últimos dias e semanas foi assim, como também nos meses de chuva anterior e nenhum responsável ao menos deu uma olhada, muito menos alguma providência. Isso é descaso, falta de sensibilidade do poder público, pois o problema se arrasta anos a fio. O mínimo a ser feito seria desentupir todos os bueiros e cortar o mato, de modo que o fluxo de água possa seguir em frente, mas somente isso não resolve o problema, apenas ameniza. Seria necessário alargar e aprofundar a vala em uns dois metros, com a devida concretagem do leito e das laterais. Há anos que essa obra deveria ter sido realizada.
Feito esse trabalho, com certeza vai resolver o problema de modo definitivo. Quanto ao Residencial Terra Nova, faltam galerias de captação e escoamento de águas pluviais, que deveriam ter sido construídas quando do início da construção do residencial. Pelo que entendemos, faltou fiscalização por parte do poder público e isso é inegável, como é inegável também a responsabilidade da construtora do residencial.
Toda vez que chove torrencialmente, vivemos um pesadelo. Nós, moradores desses bairros e transeuntes, pois milhares são estudantes e professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Jardim Atlântico e demais bairros não merecemos passar por tamanho transtorno, uma verdadeira bagunça, “tipo cada um se vira como pode” e por que não afirmar da falta de responsabilidade por parte do poder público, pois Rondonópolis deve continuar sempre para melhor e não nos “presentear” não só em nossa região, mas em outros bairros da cidade com ruas alagadas, esburacadas, crateras, faltam galerias para captação de águas pluviais e escoamento e assim por diante. Essa não é a Rondonópolis que sonhamos para nós e nossos filhos.
Sabemos que Rondonópolis cresce a cada dia que passa e que os desafios são constantes, mas vamos citar mais uma vez a falta da rede de esgoto no Bairro Colina Verde, que escorre a céu aberto pela Alameda das Dálias em torno de três décadas. Entra prefeito, sai prefeito e as promessas são renovadas, mas medidas de fato não são tomadas. Estamos cansados de sermos enganados. Queremos providências! Isso já foi longe demais, é uma vergonha, mas os impostos somos obrigados a pagar e, no caso específico do IPTU, caso passe de ano sem pagar, vai para Dívida Ativa e Cobrança Judicial. Direitos, parece que não temos, mas as obrigações são muitas. Até quando?
(*) ORLANDO SABKA é morador em Rondonópolis – e-mail: [email protected]
