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O autismo

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Desde sua definição por Léo Kanner , psiquiatra austríaco, em 1943, o autismo apresentou-se como um mundo distante, estranho e cheio de enigma. O doutor Hans Asperger, médico vienense, tornou público os casos de várias crianças com “PSICOPATIA AUTISTA”, publicou o artigo em 1944 “A PSICOPATIA AUTISTA NA INFÂNCIA”.
Os dois estudiosos apresentaram uma diferença nas suas pesquisas, onde Kanner não abordou assuntos relacionados à educação enquanto que Asperger sim.
O autismo pode apresentar inúmeros sintomas, porém os mais comum são: o isolamento social, ausência ou dificuldade na linguagem, comportamento estereotipado. Crianças autistas costumam apresentar extrema sensibilidade a estímulos sensoriais como sons, sabor, aroma, toques, certas luzes, tais estímulos podem perturbar tanto ao ponto de causar dor, consequentemente essas crianças procuram o isolamento como fuga dessas situações.
O autismo pode manifestar em vários graus, sendo que o mais severo pode comprometer completamente a linguagem oral, ou seja, ausência de linguagem em algumas crianças, alteração como ecolalia (tendência a repetir emissões ouvidas, em vez de cria-las espontaneamente ), percebemos também tendência de fazer interpretações no sentido literal, como por exemplo, se dissermos que vai chover canivetes a criança autista assim acredita.
É comum a dificuldade em manter contato visual, podemos observar nos primeiros momentos após o nascimento que a criança autista ao ser amamentada no seio, não foca seu olhar para o rosto da mãe como de costume, além disso, poderá apresentar dificuldade para dormir, irritabilidade, agressividade e agitação.
Em alguns caso, o autismo manifesta por volta dos 18 meses de idade, percebe-se na criança que apresentava um desenvolvimento normal, um retrocesso nas habilidades motoras, cognitivas social e emocional. Crianças com autismo não brincam de faz de contas, não inventam mentiras, normalmente são metódicas, gostam de classificar, organizar e resistem à mudanças em suas rotinas.
No caso da síndrome de Asperger, que é considerado um autismo leve, brando, a maior dificuldade se restringe à socialização, em contra partida, esse grupo de pessoas costuma apresentar perfil de cientista, vistos que são extremamente dedicados, detalhistas, são capazes de estudar longas horas o mesmo assunto, com isso se tornam exímios, geniais em algumas habilidades específicas.
A linguagem oral, normalmente é formal e bem elaborada, a memória é impecável. Em estudos sobre biografia de personalidades famosas como Albert Einsten, Izac Newton e outros, percebeu-se fortes características de autismo, sobretudo o isolamento social. Atualmente, com a melhora no diagnóstico, o autismo é considerado um problema de saúde pública, atingindo 1 a cada 100 crianças.
A Lei 12.764, de 27 de dezembro de 2012, garante vários direitos à pessoa autista, entre eles o direito em caso de comprovada necessidade, ser incluída nas classes comuns de ensino regular, com acompanhantes especializados .
Precisamos estar atentos e sensíveis às necessidades, limites e potencial das crianças autistas que inseridas em um ambiente de amor, acolhimento, respeito e oportunidade, podem ter uma vida melhor e contribuir com a humanidade.

(*) Ronnie Aplinio Jacob é professor da rede municipal de ensino – email: [email protected]

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