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Rondonópolis
, 3 junho 2024
 
 

Breve relato da evolução humana

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(*) Orlando Sabka

Nos primórdios dos tempos, os seres humanos tinham como maior preocupação a alimentação. Não plantavam, saiam em bandos na catação de frutas, nozes, raízes, ervas e peixes. Eram nômades, em constantes deslocamentos. Quando o alimento se tornava escasso, partiam para outra região e assim sucessivamente. Sua linguagem era gutural e eram rudes por natureza.

Dispunham de armas normalmente paus, ossos de animais e lanças rudimentares, cujas pontas eram amoladas com lascas de pedra. Havia o perigo dos animais predadores, dos quais procuravam se proteger e quando conseguiam matar alguns menores, comiam de suas carnes cruas, pois ainda não tinham o conhecimento do fogo. As peles usavam para se agasalhar e se proteger das intempéries do tempo, cujo inverno era extremamente rigoroso.

Viviam em cavernas e saliências de rochas, em cujos deixavam desenhos de sua vida cotidiana, normalmente representadas por animais e figuras humanas rudimentares. De seus ancestrais, nada se tem de concreto, pois, supõe-se que viviam apenas pela sobrevivência diária, muito rudimentar, dadas às precárias condições.

Dos tempos imemoriais encontramos apenas vestígios (fragmentos de crânios, ossos, etc.) através de minuciosas escavações, principalmente em regiões da África (Etiópia, por exemplo), que, através de medições com carbono 14, datam de dois milhões de anos. Fora isso, nada mais se sabe, apenas suposições e teorias das mais diversas. Uma lacuna de milhões de anos, que permanece obscura.
De modo geral, esses bandos nômades protegiam suas famílias, mas a maior preocupação continuava sendo a alimentação, pois dependiam dela para a própria sobrevivência. Com o passar dos milênios aprenderam a utilizar do fogo para se aquecer e assar as carnes de caça. Foi um extraordinário avanço. Com o passar de muitos tempos, aprenderam a fabricar armas. Machadinhas e lanças com lascas de pedra, arco e flecha. Foi mais um passo na história desses humanos primitivos.

Com o passar dos tempos passaram a se fixar em determinados lugares, pois a catação de frutas, nozes, vegetais e raízes já não eram suficientes. Esgotados os alimentos seguiam em frente. As longas jornadas, na busca pelos alimentos e luta pela sobrevivência deixava-os expostos aos perigos constantes, principalmente dos animais predadores e outros bandos de humanos desconhecidos. Com o passar dos tempos passaram a cultivar a terra, mesmo de modo rudimentar e obter os alimentos necessários para sua sobrevivência.

Foi mais um avanço em sua evolução. Além do cultivo da terra, passaram a domesticar animais, que lhes fornecia carne e peles. Sua fixação era em pontos favoráveis da África, Europa e, principalmente na região entre os rios Tigre e Eufrates, antiga Mesopotâmia, atualmente Iraque, primeiramente e, com o passar dos milhares de anos migraram para outros pontos, milhares de quilômetros distantes para a Europa, China, Índia e às Américas (México, Peru, Chile), dentre outros, formando pequenas vilas e, com o transcorrer dos tempos, cidades.

Por convenção divide-se a história, que abrange uns sete a oito mil anos, em três épocas distintas: a Antiguidade, a Idade Média e a Idade Moderna. Para alguns estudiosos, a Antiguidade finda com a dissolução do império romano do Ocidente (ano de 476 da era cristã); para outros o fim da Idade Média se dá com a descoberta da América por Cristóvão Colombo em 1492, mas aí surge uma enorme divergência entre eles, em que a grande maioria entende ser o fim dessa idade com a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453, que de fato marcou, de modo definitivo, o fim do império romano do Oriente e, sem dúvida alguma, o início do Renascimento das letras clássicas deixadas pela antiguidade greco-romana e que a cultura européia é o prolongamento e a continuação indireta da antiguidade oriental (áfrico-asiático). O berço do Renascimento foi, sem dúvida alguma, a Itália.

Podemos observar uma constante evolução humana ao longo dos tempos, mas existem lacunas que agravam essa evolução, a saber:
– Todos os grandes impérios vieram abaixo, apesar de domínios absolutos, como os mais recentes, os impérios Romano, Britânico e Soviético;
– A bola da vez de domínio, seja comercial ou pelo poderio armamentista são os Estados Unidos da América e se agigantando a China;
– Lutas constantes por território, pelo poder e por riquezas absolutas;
– Matanças pelo mundo por ideologia política e religiosa;
– Disseminação de novas seitas pelo planeta;
– Disseminação de drogas pelo planeta de maneira avassaladora;
– Corrupção, roubos, assaltos, estupros, assassinatos são uma constante;
– Constante aumento na produção de alimentos a cada ano, mas a fome e miséria pelo mundo se alastram terrivelmente, principalmente no continente africano;
– Êxodo rural para as cidades, tendo como conseqüência favelas aos milhares, desemprego e uma série de fatores negativos;
– Construção de arranha-céus cada vez mais altos e pessoas vivendo isoladas nas alturas, sem ao menos conhecer os moradores do mesmo andar;
– Pessoas que não conhecem o vizinho que mora ao lado ou à frente de sua casa, do seu bairro, muito menos de se cumprimentar;
– Pessoas que vivem nas cidades, mas se sentem ilhadas, alheias ao que se passa ao seu redor, muitas depressivas;
– Pessoas que freqüentam a Igreja, mas não praticam a caridade;
– Pessoas riquíssimas, mas que vivem tão somente atrás de mais riquezas;
– Pessoas que constituem família, mas não dão a mínima importância à mesma;
– A medicina avança a todo instante, mas as doenças proliferam cada vez mais, principalmente câncer, síndrome do pânico, estresse, etc.;
– Os avanços científicos e tecnológicos são uma constante, mas nada disso contribui para que o ser humano possa ter uma vida digna e feliz;
– O abismo entre ricos e pobres é cada vez maior, pois a concentração de rendas e riquezas se encontra em mãos de poucos.
Poderíamos continuar a citar uma centena ou mais de exemplos, mas esperamos que estes sejam suficientes para uma tomada de consciência de muitas pessoas, pois esse é o objetivo desse breve relato.

(*) ORLANDO SABKA é morador em Rondonópolis – E-mail: [email protected]

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