Mercosul ou Repúblicas Socialistas Federativas?

Em reflexão recente me ocorreu uma preocupação de política econômica, ou seja, estamos numa economia planificada conhecida como Mercosul na América Latina ou se engendra uma forma disfarçada de República Socialista Federativa, cuja economia planificada signifique a supressão da oposição política? Coisa complicada nessa linguagem, mas vamos aos fatos.
O governo brasileiro nada fez contra a nacionalização da sucursal da Petrobras na Bolívia. O nosso presidente à época aplaudiu o ato do vizinho nativo em defesa de suas (deles) riquezas naturais, e contra o patrimônio brasileiro, mas quem ficou com o prejuízo dos vultuosos investimentos do dinheiro público brasileiro na Bolívia foi o povo brasileiro. O dinheiro público ali investido será que vai ser devolvido à Petrobras e aos cofres públicos? E falam em Cachoeira… o pântano Boliviano não fica só nisso não.
O Nativo Boliviano institucionalizou o furto e o roubo qualificado de veículos brasileiros legalizando a certificação de “propriedade” dos mesmos pelos nacionais bolivares. Por que o Brasil continua a comprar gás veicular e de cozinha da Bolívia se o produzido na Bacia de Campos (RJ) é mais barato? Mais um prejuízo ao povo brasileiro… que cachoeira institucional contra o Erário brasileiro… e lá vem entorpecentes nesse nevoeiro compartilhado.
Não bastasse isso, o Brasil como “brasileiro bonzinho”, como dizia a loira na comédia da vida, presenteou os bolivianos com três helicópteros usados da FAB para patrulhar a fronteira… E pergunta-se patrulhar o que? Outra cachoeira com dinheiro público? Só se for para acompanhar os narcotraficantes levando drogas e trazendo veículos… hilário? Sem graça!
Fala-se tanto em aplicação responsável do dinheiro público e em transparência e pergunta-se: de quem? Do Santo? Pior que o exemplo está virando rotina no Mercosul ou República Socialista Federativa Latino Americana.
Será o Brasil a Rússia da antiga URSS?! A “irmana” Argentina com sua política populista “fascista” protecionista sobretaxa a indústria brasileira rompendo tratados e acordos comerciais (Mercosul) e o governo brasileiro vai concordando cachoeira abaixo… E quem fica no prejuízo cambial é o Brasil pela total incompetência administrativa dos vizinhos.
O petróleo brasileiro serve mais aos vizinhos que ao povo brasileiro, pois um litro de gasolina na Argentina é mais barato que no Brasil e ninguém explica essa mágica cachoeira petroquímica de transferência de renda. Não bastasse esses desvios de conduta institucionais no “Mercosul” globalizado, vem o Chapolim Colorado venezuelano com seu tacape justicialista estabelecer acordos econômicos com o governo brasileiro numa cachoeira de empreendimentos, num sistema expropriador pretensiosamente socialista que não garante no atual sistema governativo Chavista, compromisso de pagamento.
A farra com o Erário brasileiro pelos vizinhos está tão promissor com a omissão e concordância do governo brasileiro com os protecionismos institucionais da vizinhança arredia com “nós outros”, que os paraguaios querem dar o calote nas dívidas contraídas com o projeto de Itaipu. O lampadinha do Prof Pardal acendeu? De repente voltam a aparecer as cataratas do Rio Iguaçu… E lá se vai a cachoeira pelas corredeiras fazendo reverência com chapéu alheio.
Fica a questão inicial a ser respondida: a supressão ou impedimentos das oposições políticas na Argentina, na Venezuela e na Bolívia servem de espelho para o modelo democrático brasileiro? Talvez as motivações do mensalão ocupassem pretensões políticas socialistas idealizadas por uma esquerda saudosista e oportunista como a que se instalou em Cuba nos anos de chumbo da guerra fria. Uma cachoeira para se pensar… Como disse a revista Veja…  Tiro no próprio pé. Os calos ficam para o molejo do povo brasileiro… E o “cara” não sabia de nada… Acreditam ainda nisso? Como diria Sinhozinho Malta: tô certo ou…  Tenho razão?

(*) Dr. Jovam Vilela da Silva, professor aposentado  da UFMT.