
Titular absoluto do Flamengo, o goleiro Agustín Rossi chega ao Mundial de Clubes da FIFA 2025 com números marcantes na atual temporada. Em 26 partidas disputadas no ano, ele sofreu apenas dez gols. No Brasileirão, o time rubro-negro tem a melhor defesa: sofreu quatro gols em 11 partidas, enquanto balançou as redes adversárias 24 vezes.
À sua frente, Rossi vê um grupo talentoso e diverso. Não falta experiência no setor, por exemplo: Alex Sandro e Danilo somam mais de dez temporadas cada um na Europa, além da participação em Copa do Mundo.
Eles fizeram parte da Seleção Brasileira na primeira convocação de Carlo Ancelotti, assim como o zagueiro Léo Ortiz e Wesley, duas figuras que cresceram bastante na última temporada. Entre os titulares de linha na defesa, apenas Léo Pereira não foi escolhido para representar a Amarelinha, mas tem rodagem em seleções de base e é um zagueiro canhoto que contribui muito na saída de bola e na estruturação da equipe.
“O Flamengo chega no melhor momento na fase defensiva. Além dos jogadores que formam a defesa do time, a nossa defesa começa no ataque, e temos grandes jogadores também, de nível de seleção, que podem fazer a diferença nesse desafio muito grande que a gente tem pela frente”, explica o goleiro em entrevista à FIFA. “Flamengo é o maior time do Brasil, um dos maiores do mundo, e a gente tem que fazer valer isso.”
Se hoje o trabalho de Rossi é defender a baliza, antes de se profissionalizar outro esporte esteve em sua mira. Em Buenos Aires, onde nasceu, ele treinava futebol e também basquete.
Fã de Lebron James, ele cita também o compatriota Manu Ginóbili como uma de suas referências. Além de quatro títulos da NBA com o San Antonio Spurs, o ala-armador ganhou uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, e é um incontestável ídolo argentino.
“Como goleiro, ter jogado basquete me ajuda muito no campo com o tempo de saída de bola em cruzamentos e em diferenciar as trajetórias da bola para fazer uma defesa ou cortar um contra-ataque”, exemplifica. “O basquete é muito importante para a minha função como goleiro.”
A estreia do Flamengo será nesta segunda-feira, às 21h, contra o Espérance, na Filadélfia. Na mesma cidade, o time enfrenta o Chelsea, antes de fechar a participação no Grupo D contra o LAFC, em Orlando. Caso confirme a classificação no Grupo D, o Fla enfrentará uma equipe do Grupo C, onde está o Boca Juniors, ex-clube de Rossi.
“Existe essa possibilidade de enfrentar o Boca Juniors nas oitavas, mas não torço para que aconteça, porque, obviamente, cada time tem seus jogos. Antes, temos que vencer para conseguir essa classificação. Se esse confronto acontecer, vai ser muito especial para mim. Seria a primeira vez que enfrentaria o Boca desde a minha saída, e seria um jogo muito especial”, afirma o jogador, que esteve vinculado ao clube argentino de 2017 a 2022, em que alternou momentos no Boca e empréstimos a times como o Lanús e o Al Nassr.
Fora da seleção de Lionel Scaloni, treinador argentino campeão na Copa do Mundo do Qatar 2022, Rossi sabe que o torneio nos Estados Unidos é mais uma oportunidade de chamar a atenção em seu país. Ter um impacto positivo no Flamengo é a senha para uma vaga na Copa do Mundo 26 na luta pelo tetracampeonato ao lado de Lionel Messi.
“Todos podem encarar esse Mundial de Clubes como um caminho para voltar no ano que vem [aos Estados Unidos] na Copa do Mundo, mas é um assunto em que eu vou sempre dizer o mesmo: cada jogador tem que render no clube para ter essa possibilidade. [O Mundial] Vai ser uma possibilidade de muitos jogadores mostrarem seu potencial contra grandes times da Europa, e isso pode fazer a diferença.”
(Fonte: Fifa)
Se o Flamengo não amarelar dá para ir longe nesse campeonato dos melhores do mundo!