No Morumbi, a diretoria está em xeque, Paulo Autuori causa certa desconfiança na torcida, o elenco não esconde algumas rachaduras e nem o alçapão de sempre funciona. As quatro derrotas seguidas em casa configuram um recorde negativo na história do São Paulo, que piora ainda mais sua temporada ao cair diante do maior rival.
O Corinthians, nesse contexto, só ganha. A queda precoce na Libertadores, o começo trôpego no Brasileiro e o mau rendimento são praticamente esquecidos quando a equipe se apresenta tão superior a um rival e sai de campo dando a volta olímpica.
Tite, ídolo da torcida, fica ainda mais incontestável aos olhos da torcida, que agora espera que a taça sirva de combustível para o resto da temporada. Se repetir o que fez na noite desta de ontem no Pacaembu, a equipe tem grandes chances de alcançar seu objetivo.
O 2 a 1 do jogo de ida praticamente não pesou para os donos da casa. Alheio à vantagem, o Corinthians fez uma verdadeira blitz no primeiro tempo, pressionando a saída de bola do São Paulo e encurralando Lúcio e Rafael Toloi em sua área.
Guerrero e Ralf se destacaram pelos desarmes no ataque, Romarinho chegou a aparecer na cara de Rogério e Danilo distribuiu passes de calcanhar, mas quem se destacou mesmo foi Emerson Sheik. A providencial renovação de contrato, a pouco mais de 24 horas da decisão, parece ter feito muito bem ao atacante.
O apito final foi a coroação de uma noite de nostalgia para a torcida corintiana. Depois de meses desconfiando da sua equipe, as arquibancadas do Pacaembu viram novamente o time consciente e perigoso dos melhores momentos de 2012. A presença de Paulinho, herói das recentes conquistas só aumentou o clima positivo, que teve olé, provocação e exaltação aos campeões em campo.
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