São Paulo
Principal responsável pelo terceiro gol do Santos, ao não segurar o chute de Neymar, o goleiro Denis sentiu o golpe e preferiu se calar após a falha na derrota por 3 a 1, no domingo, no Morumbi, pela semifinal do Paulistão. Mas o técnico Emerson Leão defendeu seu atleta e sinalizou que não haverá mudanças no gol do São Paulo para a sequência da temporada.
“Momentos de infelicidade existem e terão outros, eu sei porque já joguei ali. Se ele não tiver personalidade e brilho próprio, jamais será um goleiro”, explicou o treinador do São Paulo, que foi um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro.
A própria diretoria do clube reforçou mais uma vez o que já vinha faltando: não vai contratar outro goleiro. “Não podemos exigir perfeição do ser humano em todos os momentos. O goleiro é vítima disso. Quando erra, fica marcado. Se um atacante perde dois gols, no outro jogo tudo é esquecido. É assim mesmo”, afirmou João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol do São Paulo. “A cobrança e a exigência são muito maiores para um goleiro.”
Desde o início do ano, quando o goleiro titular e capitão Rogério Ceni se machucou no ombro direito e teve de passar por uma cirurgia, Denis assumiu o gol são-paulino. Disputou todas as partidas da temporada e, mesmo com a falha de domingo, será mantido no time. Leão chegou a insinuar que gostaria de contar com outro goleiro no elenco, mas a diretoria logo avisou que não gastaria dinheiro com isso.