O Santos de verdade, com os campeões da Copa Libertadores da América de 2011, entrou em campo pela primeira vez no Campeonato Paulista no dia 2 passado para enfrentar o Oeste. Como contra o Linense, no dia 12, em Ribeirão Preto, jogaram os reservas, até agora o time principal atuou apenas em cinco jogos, mas já foi o bastante para mostrar que é muito superior aos concorrentes. Motivo de alegria para Muricy Ramalho? Não. O treinador tem feito os costumeiros elogios a Neymar e Paulo Henrique Ganso, mas o seu tema preferido nas coletivas de imprensa após jogos é denunciar a violência dos adversários na marcação ao principal talento do futebol sul-americano na atualidade e a complacência dos árbitros.
“Ainda vão quebrar o menino”, alertou Muricy Ramalho, preocupado com a possível perda de Neymar por lesão mais grave, o que transformaria o Santos em um time quase comum e reduziria as possibilidades da conquista do tri estadual e do tetra da Libertadores (o segundo consecutivo), no centenário do clube. “Estão batendo demais e a juizada está deixando (os adversários usarem de violência). Uma hora, ele não vai aguentar.
Os caras (marcadores) não visam a bola e sim o jogador”, emendou o treinador.
Das 21 faltas cometidas pelo Comercial na derrota por 2 a 0 para o Santos na Arena Barueri, na quarta-feira passada, 10 foram em Neymar. A explicação é simples. Qualquer jogador santista com a bola nos pés, principalmente Paulo Henrique Ganso, procura fazer o passe para Neymar, que raramente é desarmado sem falta. Além disso, como ele circula por todas as partes do campo e a marcação brasileira é por zona, a cada lance ele sofre falta de um adversário.
Para Muricy Ramalho, o que ocorre é a troca de jogadores para fazer falta em Neymar, com o intuito de evitar o segundo cartão amarelo ou o vermelho direto. “Estão fazendo revezamento para bater”, acusou o treinador, chamando a atenção para a gravidade da situação. “Se o Brasil tem alguma chance de ganhar a Copa de 2014 é com Neymar em campo. Então tem que proteger esse jogador”
