Flamenguista na infância, Vágner Love promete empenho no jogo de domingo

Poucas horas antes de acertar com o Palmeiras, no fim de agosto, Vágner Love era dado como reforço certo no Flamengo por um dirigente que dizia se apegar às raízes rubro-negras do jogador para conseguir contratá-lo. Ontem, o atacante confirmou que era flamenguista quando criança no bairro de Bangu, no Rio de Janeiro, mas disse que sempre priorizou a possibilidade de voltar a jogar no Palmeiras – ele nunca nem esteve perto de assinar com os cariocas.
“Sou profissional agora”, explicou. “Eu cresci no Rio e tinha uma simpatia pelo Flamengo, mas hoje sou eternamente grato ao Palmeiras. Foi este clube que me projetou para o futebol brasileiro e mundial e quando resolvi deixar a Rússia optei por voltar aqui, pelo carinho e respeito que eu sempre recebi”.
No domingo, Vágner Love vai enfrentar o Flamengo pela primeira vez. Ele garante que não há nenhum gostinho especial por isso. “É apenas mais um jogo importante. Nada anormal”.
O centroavante também tratou de minimizar o “duelo” com o Imperador Adriano – os dois sonham com uma vaga no ataque da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010. “Não será um jogo entre Vágner e Adriano, mas entre Palmeiras e Flamengo”, disse o camisa 9 palmeirense.
Love é um dos reforços que Muricy ganhou após a derrota para o Náutico, na última segunda. O atacante estava suspenso, assim como o volante Edmílson. Retornam ao time também o meia Diego Souza, que estava com a seleção brasileira, e o lateral-esquerdo Pablo Armero, com a colombiana.
Obina também cumpriu suspensão e poderia voltar, mas o Palmeiras decidiu não pagar a multa estipulada no contrato de empréstimo do Flamengo para que ele enfrente o ex-time. E isso apesar de a diretoria do clube carioca ter proposto um desconto no valor – de R$ 1 milhão para R$ 400 mil. Robert será o colega de Love no ataque. “Obina com certeza faria muito neste jogo se o Palmeiras tivesse acertado essa multa. Mas temos outros bons jogadores à disposição”, disse o camisa 9 do líder do Brasileirão.
CHUTES A GOL – Fazer gols diante do Flamengo será essencial para o Palmeiras não deixar os rivais ao título encostarem. Mas o ataque precisa melhorar. Nesta quinta, Muricy dedicou o treino às finalizações. No fim das atividades, jogava a bola para o alto e o chute tinha de ser de primeira.
Quem fazia o gol, podia ir para o banho. Tarefa fácil para atacantes, correto? Não foi bem o que se viu. Os homens responsáveis por balançar as redes decepcionaram: Ortigoza, Obina, Vágner Love, Robert e Lenny foram os últimos a marcar. Lenny, na verdade, nem conseguiu. “Deu vexame”, se divertiu Love “Mas é o treino mais difíceis, tem de posicionar o corpo, chutar certo. É complicado”.