Um dos maiores alavancadores da economia rondonopolitana, nos últimos anos, tem sido o Complexo Intermodal de Rondonópolis, um loteamento com várias empresas de médio e grande porte atuando em torno da ferrovia. Ali se constituiu o maior terminal ferroviário da América Latina, que recebe até 1.500 caminhões por dia com volume anual de 18 milhões de toneladas. É desse complexo que parte o escoamento de quase metade da safra mato-grossense para o porto de Santos.
O gerente de terminais da Rumo, Douglas Cunha de Oliveira, informa que o complexo abrange uma área de 4,7 milhões de m², divididos em 24 lotes e atuação de empresas nos segmentos de líquidos, como gasolina, etanol, diesel e biodiesel, planta esmagadora de grãos, o maior terminal de granel do Mundo, fábrica de mistura e recebimento de fertilizantes, posto de combustível e operação de contêineres, possibilitando a movimentação de qualquer tipo de carga.
Entre próprios e prestadores de serviços, a estimativa é que o terminal ferroviário gere atualmente cerca de 3 mil empregos. O empreendimento transporta produtos agrícolas, como soja, milho e farelo de soja, e industriais, como das áreas de construção civil, siderurgia, florestal, consumo, petroquímico e fertilizantes. As perspectivas de melhorias e ampliações não param, a exemplo do projeto previsto para 2019 de aumentar a descarga e o embarque no terminal a partir de novos investimentos. Vale dizer que o terminal tem potencial de dobrar sua operação e movimentação, considerando o atual número de empresas instaladas e com produção.
Visando somar forças para a melhor atuação no terminal, as empresas do local se uniram e criaram neste mês de novembro a Associação das Empresas do Complexo Intermodal de Rondonópolis. “Tornou-se importante criar a Associação para que se busque respostas para os objetivos comuns dessas empresas, como a trafegabilidade interna, acesso, manutenção da estrutura coletiva, como pavimentação de vias, limpeza do entorno e melhorias em segurança e saúde pública”, explicou o administrador e economista Wanderlan Barreto Rosa, que esteve envolvido na constituição da Associação, como na elaboração do seu estatuto, registro, implantação e planejamento.
“A nossa intenção é fazer de Rondonópolis uma metrópole do futuro”, argumenta. Já Douglas Cunha acrescenta que, através dessa união, espera fomentar o desenvolvimento desse polo industrial, bem como contribuir para o desenvolvimento de Rondonópolis, gerando mais emprego e renda para a sociedade.
Nesse contexto, a Associação pretende, a partir de agora, abrir um diálogo com o poder público e as empresas envolvidas, criando oportunidades para que o ambiente seja propício para o aumento da produção. Uma das prioridades é estabelecer a manutenção e sinalização da área coletiva do Complexo, bem como garantir linha de ônibus, posto de saúde e outros serviços.