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, 22 maio 2024
 
 

Unicef quer combater abuso contra menores

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Unicef fará campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes na Copa do Mundo
Unicef fará campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes na Copa do Mundo

Brasília

Preocupada com o possível aumento dos casos de violação dos direitos de crianças e adolescentes durante os eventos esportivos que o Brasil vai receber nos próximos anos, a Rede de Adolescentes e Jovens pelo Esporte Seguro e Inclusivo (Rejupe), ligada ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), começou a promover ontem (18) diversas ações nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. A iniciativa faz parte das mobilizações do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado ontem (18).
Estima-se que aproximadamente 600 mil turistas circulem pelo país durante os jogos da Copa do Mundo.
Segundo o coordenador do programa do Unicef Cidadania dos Adolescentes, no Brasil, Mário Volpe, o objetivo das ações do Rejupe é dar visibilidade aos riscos a que estão expostos meninas e meninos e reforçar a importância de se denunciar situações de violência sexual. A rede foi criada em 2011 para garantir que jovens lideranças contribuam para a construção de um legado social positivo a partir dos eventos esportivos.
Considerado um crime pouco visível, o que dificulta a responsabilização dos agressores, a violência sexual contra crianças e adolescentes deve ser combatida, na avaliação de especialistas, principalmente com ações de prevenção.
“Nessas épocas, teremos grande circulação de pessoas em várias cidades, os hotéis ficarão lotados, e o controle dos locais onde ocorre o abuso será mais complexo. Por isso é importante reforçar as campanhas que alertam para o fato de que esse tipo de exploração é crime”, explicou.
“É preciso sinalizar de todas as formas que o Brasil está atento e comprometido com a defesa de crianças e adolescentes, fazendo todo mundo compreender que o país não tolera nenhum tipo de violação em relação a eles, passando pelo taxista que vai receber os turistas, por quem vai hospedá-los, pelos donos de restaurantes e pelos próprios turistas”, acrescentou.
Mário Volpe disse, ainda, que além das ações que ocorrerão em razão do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, mais atividades com o mesmo objetivo estão sendo planejadas para a abertura da Copa das Confederações, em 15 de junho, e para o dia 12 de outubro, quando se comemora o Dia das Crianças.
“O Brasil avançou muito nos últimos anos nesse tema, mas é preciso reforçar os mecanismos de prevenção que colocam o país em alerta para proteger crianças e adolescentes e assegurar que eles também participem desses eventos com alegria, de forma lúdica, sem serem negligenciadas”, ressaltou.
De acordo com o educador Rafael Alves, integrante da Rejupe em São Paulo, cerca de 40 jovens criaram e fizeram uma dança em que cada passo representa uma modalidade esportiva.
“Como não teríamos como veicular um vídeo como esse em grandes veículos, pensamos nas redes sociais pelo grande alcance que elas têm. Ao final do vídeo, após a dança, quando todos estão focados apenas no esporte, uma menina, vítima de exploração sexual, tenta sem sucesso chamar a atenção das pessoas”, explicou.
Alves acredita que o vídeo vai ajudar a sociedade a compreender que não se pode, em razão da euforia e da mobilização com os eventos esportivos, fechar os olhos para esse tipo de violação que ocorre todos os dias.
Durante o lançamento da campanha, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse que a população brasileira se mostra cada vez mais consciente em relação à exploração sexual de crianças e adolescentes.
Em 2012, a Secretaria de Direitos Humanos registrou 130.029 denúncias de violência contra crianças e adolescentes, por meio do Disque 100. O serviço de proteção, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes da SDH, funciona diariamente das 8h às 22h, inclusive nos fins de semana e feriados. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de proteção, defesa e responsabilização, de acordo com a competência e as atribuições específicas, no prazo de 24 horas. O sigilo da identidade do denunciante é garantido.

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