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, 28 maio 2024
 
 

Pagot diz que quer falar à CPMI

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Luiz Antonio Pagot: “estou no interior, mas ao inteiro dispor da CPMI para prestar depoimento”

Brasília

O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot disse iontem (8) que “está à disposição” da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira para prestar depoimento. Existem pelo menos nove requerimentos para a sua convocação que ainda não foram apreciados pelo plenário da CPMI. Alguns deputados e senadores querem que esses requerimentos sejam pautados na próxima reunião administrativa da comissão, marcada para quinta-feira (14).
“Estou no interior, mas ao inteiro dispor da CPMI para prestar depoimento”, disse Pagot. Ele evitou falar sobre quem tem interesse em impedir seu depoimento. “Não quero falar sobre isso. Só quero mesmo dizer que estou inteiramente à disposição da CPMI para prestar esclarecimentos.”
Na opinião do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pagot tem muito a contribuir com a comissão. “Ele teria que falar de imediato, pode dar detalhes sobre as relações que existem nos bastidores entre as empreiteiras e os governos estaduais”, destacou o senador. “Estamos perdendo tanto tempo com quem não quer falar. Por que não ouvir quem quer?”, questionou.
O depoimento de Pagot passou a ser considerado urgente por alguns integrantes da comissão, após ele ter denunciado o uso de verbas públicas para formação de caixa 2 de campanhas eleitorais em São Paulo. A denúncia foi feita em entrevista à revista IstoÉ, na qual ele se referiu a um suposto esquema de desvio de verba na obra do Rodoanel para as campanhas de José Serra à Presidência e de Geraldo Alckmin ao governo paulista em 2010. Pagot também disse, em entrevista, que contrariou interesses do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso em Brasília, e da Construtora Delta quando estava à frente do Dnit.
Pagot foi afastado do cargo de diretor-geral do Dnit após uma série de denúncias de corrupção no órgão, que derrubaram ainda o então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR-AM) e abriram uma crise política entre o PR e a presidente Dilma Rousseff. Alfredo Nascimento reassumiu o cargo de senador após deixar a Esplanada dos Ministérios.
O senador Randolfe Rodrigues criticou a posição do relator Odair Cunha (PT-MG) de não pautar os requerimentos de convocação. “Tudo que tem interface com a Delta tem sido sobrestado. Esses pedidos de convocação fazem parte de um conjunto de outros requerimentos que não são colocados para serem apreciados. Não tenho como avaliar de outra forma a não ser a intenção de blindagem da Delta”, disse o senador.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), também é a favor da ida de Pagot à CPMI. Ele destacou que, no primeiro dia de trabalho da comissão, apresentou um requerimento de preferência de votação e cobrou do presidente, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), a apreciação do texto. Segundo ele, o presidente se comprometeu a colocar o pedido em análise na próxima reunião. “Não pedi só a vinda do Pagot como testemunha, mas também a do ex-presidente da Delta Fernando Cavendish”, acrescentou Álvaro Dias.
DESNECESSÁRIA
O relator da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse ontem (8) que a convocação do ex-diretor-geral Dnit não é fundamental nesse momento da investigação. Na avaliação de Cunha, o depoimento de Pagot não iria contribuir para o esclarecimento das relações do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal. “Eu estou me baseando em fatos determinados. O meu objetivo é identificar quais foram as pessoas com prerrogativa de foro que o senhor Cachoeira teria cooptado. Não adianta pensar em uma investigação muito ampla, porque corremos o risco de não investigar nada. Ainda estou analisando essa convocação”, disse o relator. (Fonte: Agência Brasil)

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